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INFRA
Facility
|
Property
melhorias para este grupo através de
uma avaliação de perfil e competên-
cias chamada
Assessment
. Isso signifi-
ca observar e traçar um mapeamento
profundo do nível de cada colaborador
de nossa empresa. É medir potencial,
perfil e conhecimento. Trata-se de um
trabalho técnico para conseguir enten-
der este grupo e movimentar as “peças”
de olho nas melhorias. Outro fator que
contribuiu para este crescimento é que
eu venho de um mercado bem diferen-
te: de produtos financeiros, vouchers e
convênios para alimentação coletiva –
mais maduro por conta do tipo de clien-
te – e de onde pude trazer o conceito de
relacionamento para aplicar no setor de
prestação de serviços.
Como está formada, hoje, a equipe no
nível gerencial?
Ter esse time multidisciplinar tem
feito a diferença. É uma equipe alinha-
da com as estratégias da organização,
que sabe os caminhos e as metas para
os próximos cinco anos. Todos esses
fatores facilitam a atuação do líder e a
empresa só tem a ganhar.
A empresa iniciou suas atividades com
Controle de Pragas e hoje sua atividade
principal é Limpeza e Conservação...
É verdade. Isso é resultado da mu-
dança estratégica dos negócios, inicia-
da em 2002, cuja meta era equilibrar
o faturamento do portfólio. Hoje, a
atividade de limpeza representa 70%,
índice que queremos transformar em
60% em cinco anos, favorecendo as-
sim outras bandeiras do Grupo, como
limpeza hospitalar e controle de pra-
gas. Para isso, estamos trabalhando na
montagem de um time de executivos
e operacionais com conhecimento do
mercado, alinhados com técnicas de
gestão mais aprimoradas. No segundo
semestre, devemos lançar franquias
da marca Praxxis (de controle de pra-
gas) com abrangência nacional – hoje
temos unidades próprias em São Pau-
lo e Paraná. O novo contrato da In-
fralink (manutenção predial) na Vale,
em Carajás, será um divisor de águas
para comprovar a nossa capacidade de
atendimento com qualidade, por conta
das características da instalação. Pro-
gramas internos de trainee também
são outra estratégia para os próximos
meses, prometendo um
up grade
do
time. Todo esse investimento somado
a campanhas de incentivo, plano de
carreiras e premiações têm dado mui-
to certo para compor e ter uma equi-
pe qualificada, que foi responsável por
conseguimos crescer 25% em 2011.
Quais foram os maiores desafios
durante o período de expansão?
O maior desafio é a cultura local, o
hábito de compra do empresário local –
que muitas vezes prefere estar próximo
daquelas empresas das quais ele conhe-
ce o dono. Mas com o tempo este con-
ceito tem mudado. Recentemente abri-
mos uma filial no Recife e foi totalmente
diferente. Fomos muito bem recebidos.
É claro que (como sempre) realizamos
uma pesquisa extensa para entender
a demanda – fator decisivo para que
a companhia se decida por uma loca-
lidade. Além disso, encontramos uma
concorrência local menos desenvolvida.
Brasília e Belo Horizonte são outras
duas praças que estamos trabalhando.
Só para se ter uma ideia: Minas Gerais é
um mercado muito promissor, represen-
ta o nosso segundo maior faturamento
depois de São Paulo.
Cite uma transação comercial que
considera o seu “melhor negócio”.
Existem várias, mas a principal está
baseada em acreditar nos novos mer-
cados que poderiam ser desenvolvidos.
São aqueles cases em que conseguimos
estabelecer um forte relacionamento
e espírito de confiança com o cliente
– dois dos maiores problemas do mer-
cado. Entenda: nessa atividade, não se
vende nada. O que fazemos é estabele-
cer relações transacionais. O resultado
é que hoje somos vistos como parcei-
ros, e não meramente como fornece-
dores. O Grupo Brasanitas é o primei-
ro da lista para muitos clientes quando
estes decidem abrir novos projetos.
Também temos orgulho de contratos
duradouros, como o da Rede Globo,
onde há 26 anos prestamos serviços
de limpeza e jardinagem. Lembre-se:
confiança gerada leva a uma retenção
de clientes.
Como uma empresa familiar, como está
o processo de sucessão?
Esta questão está bem adiantada.
Embora familiar, a companhia migrou
há alguns anos para a gestão corpora-
tiva, mais especificamente com o pro-
cesso de profissionalização iniciado em
2002. O primeiro conselho consultivo
já deve iniciar suas atividades em 2013,
com a vinda de um CEO e um conselho
misto, formado por executivos internos
e também de fora do Grupo. Temos esta
questão como muito importante, para
evolução dos nossos negócios.
Marcelo Trovati
, diretor Comercial do Grupo
Brasanitas: Administrador de Empresas com
MBA em Gestão Comercial pela Fundação
Getúlio Vargas e Ohio University, Educação
Executiva pela Fundação Dom Cabral e
Kellogg School of Management