Page 66 - marco 2012

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Mercado Imobiliário II
66
INFRA
Facility
|
Property
Por Léa Lobo
O
Royal Institution of Charte-
red Surveyors
(RICS), ins-
tituição globalizada, pro-
moveu no último dia 6 de
fevereiro, em São Paulo, um encontro
entre profissionais que fazem parte da
cadeia de Real Estate e Facility Mana-
gement. O evento também foi promovi-
do em diferentes partes do mundo (Bei-
jing, Shanghai, Hong Kong, Londres,
Mumbai e Frankfurt) e é uma iniciativa
global, que têm como objetivo entender
e compartilhar as melhores práticas e
inovações no Real Estate mundial.
Ramsey Tadros,
Chapter Board Chair-
man
da RICS Brasil, confirmou que o país
está no centro da atenção do mercado
globalizado, que busca novas oportuni-
dades para investimentos na indústria do
Real Estate. “O Brasil ainda está a muitos
passos da profissionalização existente no
mercado internacional e precisamos tra-
balhar neste sentido para acelerarmos o
crescimento”, disse ele.
Foi consenso entre todos os partici-
pantes o já conhecido e tradicional diag-
nóstico das questões públicas da infra-
estrutura, segurança, educação, saúde,
jurisprudência, entre outras áreas no
Brasil, que deixam muito a desejar e que
se tornam parâmetros de restrições para
atrairmos mais investimentos. De outro
lado, quando falamos do mercado de
Real Estate e Facility, o Brasil apresen-
ta-se como um mar de oportunidades,
Recém-chegado ao Brasil, RICS reúne profissionais de Facility Management e
Real Estate para entender o mercado e traçar estratégia para o crescimento
em que as coisas acontecem, porém de
forma desordenada, sem planejamento
de longo prazo e sem levar em conta as
reais necessidades, de forma sistêmica
e integrada. Há de se pensar desde a
ideia, concepção e construção de novas
edificações, priorizando nos projetos a
importância de uma manutenção e ope-
ração destes equipamentos, dentro de
parâmetros certificáveis, e é claro, na
atualização dos profissionais que admi-
nistram estas propriedades.
Um bom exemplo, discutido na reu-
nião, de como a questão da gestão das
edificações deixa muito a desejar – em
âmbito público e privado –, é o caso
dos três prédios que caíram no Rio de
Janeiro. Muito provavelmente são ges-
tores e contratantes fazendo a lição de
casa de forma equivocada, certamente
contemplando apenas custos e não efe-
tivo conhecimento de gestão. É impor-
tante lembrar que uma edificação não
é apenas um ativo, mas também um
produto, que possui valor imobiliário e
que precisa se sustentar ao longo de sua
existência, servindo seus usuários, pro-
prietários, investidores e comunidade.
U
m caldeirão de
iniciativas
Mas, do lado privado, o que as en-
tidades que representam a cadeia no
Brasil podem fazer? A exemplo da Co-
reNet chapter Brasil e da Abrafac (As-
sociação Brasileira de Facilities) – que
trabalham de forma voluntária tendo
seus lideres perseverança e boa vonta-
de para melhorar o legado do segmento
Padrões internacionais para o Brasil
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