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Por Guilherme Wieczorek
O
uarto maior Estado do Brasil, Mi-
nas Gerais tem apresentado cresci-
mento relevante nos últimos anos.
Em 2011, o desenvolvimento da
economia foi de 2,7%, de acordo com estudos
da Fundação João Pinheiro (FJP) e do Centro
de Estatística e Informações (CEI). Com a se-
gunda maior população do Brasil, cerca de 20
milhões de habitantes (Censo 2010 do IBGE),
Minas tem o terceiro maior PIB, ficando atrás
apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.
A capital Belo Horizonte segue em um
ritmo forte de desenvolvimento em sua es-
trutura, tanto de serviços como de mercado
imobiliário, muito até pelo fato da proximidade
de grandes eventos como a Copa das Confe-
derações, em 2013, e a Copa do Mundo, em
2014. A cidade é uma das poucas que sediarão
os dois torneios, e só para se ter uma ideia do
tamanho dos investimentos, somente na obra
de expansão do Aeroporto Internacional Tan-
credo Neves, em Confins, foram investidos R$
226,5 milhões. A obra envolve mais de 200
operários, com início em setembro de 2011 e
previsão de entrega para dezembro de 2013,
segundo informações da Infraero.
M
ercado
imobiliário
O mercado imobiliário da região possui foco
em empreendimentos residenciais. De acordo
com uma pesquisa da Câmara do Mercado
Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mer-
cado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Seco-
vi-MG) em parceria com o Instituto de Pesqui-
sas Econômicas e Administrativas da UFMG
(Ipead), os empreendimentos comerciais repre-
sentam apenas 12,11% do total de transações
do mercado imobiliário de BH em 2011, sendo
os imóveis de tipo loja, com 4,88%, os de maior
relevância. Só os apartamentos, que têm valor
médio de R$ 309 mil, representam quase 70%
no valor total das transações.
“A partir de 2004, iniciou-se um forte mo-
vimento de recuperação de preços, o imóvel do
tipo apartamento cresceu 284%. Assim, nes-
ses últimos anos, o mercado imobiliário vem
passando por um
boom
e por uma recuperação
de preços bem expressiva na compra, venda e
locação”, afirma Ariano Cavalcanti de Paula,
presidente do CMI/ Secovi-MG.
Segundo ele, a região Centro-Sul é a que
mais recebe imóveis comerciais. “O preço dos
imóveis comerciais continua tendo valorização
bem acima da inflação, com um valor médio
em torno de 30%”. As transações de imóveis
comerciais em BH movimentaram mais de R$
3,3 bilhões em 2011.
“A principal dificuldade do mercado imobili-
ário de Minas é a mesma do Brasil, a taxa real
de juros, que é a maior do mundo, dificultando
a viabilização de financiamentos. Mesmo com
a atual evolução do setor, essa taxa ainda é o
grande inibidor de crescimento do mercado,
por conta do alto impacto no valor das presta-
ções”, explica Ariano.
L
ançamentos
Com o mercado imobiliário de Minas Gerais
aquecido, lançamentos de empreendimentos co-
merciais surgem. O
E-Office Vila da Serra
, em
Nova Lima, da Even Construtora e Incorpora-
dora e da Minas Brisa Empreendimentos Imobili-
ários, contará com 23 pavimentos e 300 salas. É
voltado para profissionais autônomos, empresas
de serviços e como alternativa para investido-
res. Como diferenciais, apresenta: cafeteria com
lounge, lobby com recepção e espaço de reuni-
ões para uso comum no pavimento de acesso. A
previsão de lançamento é para agosto de 2012.
Impulsionada pelo crescimento do mercado
na região, a Construtora Lider, em parceria com
o Grupo Partners, a Topus Construtora e a Jam
Engenharia, decidiu investir na região, lançan-
do o
Prime
em Santa Lagoa. Ele será dividido
em
Prime Residence
, com 92 apartamentos de
um quarto e 29 apartamentos duplex, e o
Prime