Page 48 - maio 2012

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INFRA
Outsourcing &Workplace
Assunto do Mês
e customizando-a para oferecer novas
possibilidades de uso daquele imóvel.
“O retrofit tem comprometimento com
as características originais da edificação,
mas visa uma intervenção abrangente,
quase sempre também com relação ao
uso do espaço, enquanto a moderniza-
ção possui uma maior liberdade de ação.
Por isso, o retrofit tem uma ligação
maior com edificações históricas, tom-
badas ou preservadas parcialmente”,
destaca Luiz Felipe Di Giorgio Mauad,
sócio-gerente da Mauad Construtora.
Quando se fala em retrofit, é im-
portante destacar as principais áreas a
receberem o investimento: fachadas,
elevadores, sistema de ar condicionado,
iluminação e layout. Mas é claro que
cada edifício terá a sua própria neces-
sidade. “Isso vai variar muito de acordo
com a edificação, não só pelas limita-
ções estruturais, mas pelos critérios de
preservação, legislação de incêndio e
pânico, legislação para atendimento de
portadores de necessidades especiais
ou mesmo de trânsito vertical de pesso-
as”, aponta Mauad.
Embora sejam normalmente asso-
ciados a edifícios, a modernização e o
retrofit podem ocorrer em outros seto-
res, como áreas urbanas, sistemas de
iluminação e também de refrigeração.
Vale destacar que os dois processos au-
xiliam na redução de gastos com água e
energia e em resíduos gerados, além de
atrair novos investidores e prolongar a
vida útil, seja de equipamentos (com a
modernização), seja do próprio espaço
físico, com o retrofit.
P
or que
realizar um
retrofit
?
“Prédios com mais de 20 anos apre-
sentam um aspecto muito feio das es-
quadrias e por mais que se tente lim-
par, não se nota melhoras significativas.
Ocorrem problemas também de infil-
tração de água e mesmo com um novo
projeto de vedação, a idade dos edifícios
atrapalha no bom desempenho. O tercei-
ro ponto é a questão dos vidros: os mais
antigos não têm o mesmo desempenho
de eficiência energética que os atuais, o
que leva a maiores custos com energia
elétrica”, explica Amilcar Crosera, dire-
tor Comercial da Kiir, empresa especiali-
zada em modernização de fachadas.
Além de melhorar o aspecto dos
edifícios antigos mal conservados, ou-
tra vantagem é a valorização do imóvel.
“Com o retrofit de fachadas, chega a
12%. Geralmente, só essa valorização já
consegue pagar o investimento”, com-
pleta Crosera. “Quando um gestor nos
procura para fazer um retrofit, o prin-
cipal fator é sempre algum problema já
existente”. De acordo com um estudo
recente divulgado pelo Instituto Brasi-
leiro de Avaliações e Perícias de Enge-
nharia de São Paulo (IBAPE/SP), 70%
BNCORP Laranjeiras: terceiro retrofit da empresa
no Rio de Janeiro: VGV de R$ 50 milhões
Fotos Divulgação
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