Page 17 - Revista Infra Outubro 2012

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INFRA
Outsourcing &Workplace
O contrato também prevê a operação
predial?
Essa questão ainda está em aberto.
Mas estamos à disposição do cliente
para atendê-lo da melhor forma.
Durante as escavações do terreno, foi
descoberto material arqueológico que
resgata a história da região...
Sim. Quem passar pelo local, verá
tapumes cercando uma área de mais
de 10 mil metros quadrados com fotos
e textos, contando a evolução e a im-
portância da região para a cidade, que
remonta desde a primeira ocupação
indígena, passando pela Chácara Itahy
e a Casa Bandeirista, do Itaim Bibi, no
início do século passado. Este traba-
lho faz parte de um projeto de resgate
histórico da região, que inclui pesquisa
arqueológica realizada pela A Lasca
Arqueologia, por nossa iniciativa. Todo
este material dará origem a um folder,
que será distribuído na região.
A sua empresa é vencedora do Prêmio
Master Imobiliário 2012, com o case
Galeria: o retrofit que harmoniza o
antigo e o moderno”. Vocês mesmos
citam a atualização de imóveis antigos
como um desafio hercúleo. O que é
mais difícil nesta empreitada?
O trabalho é exatamente esse: con-
seguir mantê-lo atualizado e atrativo ao
longo do tempo. No caso do retrofit, é
uma intervenção mais radical, pois é um
prédio que já envelheceu e o seu traba-
lho é renová-lo. Existem vários desafios:
o principal deles é que você não sabe
qual é o desafio [risos], porque a cada
parede quebrada pode-se ter uma sur-
presa. No caso do Galeria, edifício que
compramos em 2007 quando ninguém
o enxergava como uma oportunidade,
já naquela época acreditávamos que lá
existia uma joia escondida, que precisa-
va ser lapidada. Conseguimos fazer e o
Prêmio [Master Imobiliário 2012] é um
reconhecimento desse trabalho. (Veja
na pág. 20 os detalhes do Galeria)
Existe algum item que não pode faltar
em um retrofit?
Veja: acho que não tem fórmula;
cada prédio tem a sua característica.
Você precisa aprender a trabalhar com
o que a edificação tem de melhor. No
caso do Galeria, eram as suas lajes de
3.000
metros quadrados – sendo único
no Rio de Janeiro. E isso acabou atrain-
do a atenção em um mercado com lajes
menores, muito compartimentadas. Um
dos diferenciais do prédio é exatamente
essa eficiência perante os estoques já
existentes, e em uma localização pri-
vilegiada: a futura área revitalizada do
Porto Maravilha. Nesta mesma região,
também estamos construindo o Port
Corporate, um edifício de 32 mil me-
tros quadrados, que deve ser entregue
no ano que vem.
O que é ser presidente de uma
companhia americana no Brasil?
Qual é a sua aposta para a economia
brasileira?
Hoje o Brasil tem um claro posiciona-
mento dentro da economia mundial. Ao
mesmo tempo, apesar de sermos uma
empresa americana, temos investidores
no mundo todo e que querem investir no
Brasil, e estamos prontos para isso. Ou-
tro detalhe é que esse investidor que está
de olho no mercado brasileiro, o está fa-
zendo em longo prazo, e não para entrar
e sair como já foi no passado. É claro que
cada um tem a sua estratégia, mas o Bra-
sil faz parte dessa estratégia.
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4894 8008
EFICIÊNCIA
QUE
ILUMINA