Page 28 - Revista Infra Outubro 2012

Especial Outsourcing
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INFRA
Outsourcing &Workplace
Por Léa Lobo
V
ocê com certeza já deve ter
ouvido falar de “Outsourcing”
ou Terceirização. É verdade
que muitas empresas líderes
de mercado possuem este conceito im-
plantado em seu modelo de negócio.
Entretanto, quando falamos em Out-
sourcing para o Facility Management
(
FM), uma grande maioria ainda não vê
FM como um assunto que impacta di-
retamente no resultado – em geral por
não saberem que esta atividade repre-
senta a segunda ou terceira maior des-
pesa anual de uma organização.
Guardadas as estruturas para cada
tipo de instalação – corporativo, in-
dustrial, hoteleiro, hospitalar, shop-
ping centers, outros – temos mais de
30
atividades que já são terceirizadas
dentro do contexto de BPO (
Business,
Process Solutions
).
Ou seja, a empresa
escolhe uma atividade e faz a transfe-
rência completa das funções de gestão
para uma empresa especializada. Há
outsourcings específicos em serviços
de apoio administrativos, tecnologia e
também em serviços de Facility Ma-
nagement (FM), que são alicerçados
por especialidades em alimentação,
automação, resíduos, higiene e limpe-
za, controle de pragas, frota, viagens,
estacionamento, manutenção predial,
layout, obras, parque de impressão,
digitalização de documentos, entre ou-
tras (veja na pág. 32).
Para Brian Atkin & Adrian Brooks,
autores do livro
Total Facilities Mana-
gement
(
editora Wiley-Blackwell), a
decisão de terceirizar deve ser feita de
forma racional e objetiva, com base
em atributos do serviço e nas neces-
sidades específicas do seu ambiente
empresarial.
Para os autores, o benefício na uti-
lização de um modelo deste tipo está
nas opções específicas que devem ser
avaliadas com sensibilidade para a me-
lhor decisão. O tempo é um deles. Veja:
a opção mais adequada é aquela que
pode ser adaptada ao longo do tempo
de acordo com as circunstâncias do
dia a dia das organizações. Segundo a
publicação, “a organização deve de-
cidir o caminho que oferece o melhor
valor para si no longo prazo. E isto só
é conseguido levando em conta as im-
plicações, especialmente o custo real de
todas as opções”.
A
TIVIDADE
-
FIM OU ATIVIDADE
-
MEIO
?
Este é outro conceito que conti-
nua a gerar dúvidas. A experiência tem
mostrado que somente cada empresa
pode avaliar seu negócio e assim deci-
dir o que vale a pena ou não delegar a
um parceiro especialista. Porém, uma
coisa é certa: na economia de hoje é
mais importante do que nunca que os
usuários/contratantes sejam capazes de
facilmente identificar e escolher a em-
presa certa para as suas necessidades
de terceirização.
Quer um exemplo? Em recente re-
portagem da
Revista Shopping Centers
,
foram veiculados os resultados do Cen-
so 2011/2012 da Associação Brasileira
de Shopping Centers (Abrasce). Um
dos pontos que chama a atenção é o
fato desta indústria estar na contramão
de outros setores produtivos do Brasil,
no que diz respeito à terceirização de
algumas especialidades.
Em 2010, 64% dos serviços de lim-
peza eram terceirizados e em 2011 esse
índice caiu para 57%. Já na área de se-
gurança (segundo serviço mais tercei-
rizado), o índice foi de 61% para 56%.
Em estacionamento, a queda foi de 48%
para 44%. Na avaliação de especialistas
em recursos humanos e de administra-
dores de shoppings, este movimento,
aparentemente contraditório, faz parte
de uma filosofia de negócios que cresce
entre alguns grupos do setor, mas ainda
não é possível definir se a mudança veio
para ficar.
A professora de Liderança na BBS
Business School e diretora de Negócios
da LLH/DBM, Irene Azevedo, lembra
que por trabalhar com o público, que
busca conforto, bem-estar e seguran-
ça, a boa imagem também é conside-
rada “produto” – ou seja, negócio-fim
Foco no Resultado, mas lembre-se:
Ninguém faz nada barato impunemente
Outsourcing X Facility Management, a integração que beneficia o negócio