Página 119 - Revista Infra Janeiro 2013

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INFRA
Facility
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Property
A quantidade de CO
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é controlada
por um aparelho que funciona como
um ‘nariz eletrônico’, que faz a medição
do nível e detecta o aumento da
poluição do ar interno
chamado de ‘Fast-tracking’, uma
espécie de sobreposição de crono-
gramas em que é preciso uma co-
ordenação muito forte para mon-
tar o projeto e, ao mesmo tempo,
construir”, explica ele.
Faz parte da composição da obra
elementos estruturais pré-monta-
dos, o que diminui a quantidade de
resíduos produzidos pela constru-
ção. Trinta por cento dos materiais
utilizados foram montados e arma-
zenados em terreno próximo, o que
diminuiu a necessidade do trans-
porte exacerbado dos materiais e a
transição de caminhões.
A utilização de produtos indus-
trializados permite a execução de
uma obra com maior velocidade,
maior organização no canteiro e
qualidade final do produto superior”,
explica o engenheiro, que acrescen-
ta, “existiu toda uma preocupação
com os problemas de contaminação
e poluição do local e entorno”.
Dentre as soluções sustentá-
veis utilizadas, estão: os vidros de
alta eficiência e brises na fachada
para reduzir as ilhas de calor, o uso
de tintas a base d´água e de ma-
teriais de acabamento com baixo
nível de composto orgânico volátil
(
COV), vasos sanitários com vál-
vulas de duplo fluxo e torneiras
com temporizador de vazão, além
do uso de madeira certificada pelo
FSC (
Forest Stewardship Council
).
Para o sistema de iluminação,
foi utilizado o Daylight, sistema au-
tomático de luminárias que funcio-
na conforme a intensidade da luz
natural. Muitas aberturas (tanto
no teto quanto na fachada) foram
utilizadas para o maior aproveita-
mento da luz natural. “Não foram
utilizados os telhados verdes, mas
90%
da cobertura foram feitas de
material metálico de pintura branca
que reflete a luz solar com maior
intensidade, ajudando a prevenir as
ilhas de calor”, conta o gerente.
Destaque para o sistema de ar
condicionado do tipo VRV (vo-
lume de refrigerante variável),
cujo coeficiente de desempenho é
maior que o convencional, ou seja,
ele produz mais resfriamento com
um menor gasto energético.
Também vale ressaltar o con-
trole de CO
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proveniente de to-
dos os ambientes internos do CD.
A quantidade do gás é controla-
da por um aparelho que funciona
como um “nariz eletrônico”, que
faz a medição do nível e detecta o
aumento da poluição do ar interno.
Esta foi a primeira obra da Liber-
con com a certificação LEED. “O
benefício é exclusivo do inquilino, o
usuário final”, finaliza Rogério.