Página 131 - Revista Infra Janeiro 2013

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INFRA
Facility
|
Property
todo o excedente de energia que é
captado pelo escritório verde é injetado na
rede pública [da cidade de Curitiba]
ter a energia solar e o sistema da
rede pública conectados direta-
mente. Isso significa que todo o
excedente de energia que é capta-
do pelo escritório verde é injeta-
do na rede pública”. Ou seja, em
dias de menor consumo e maior
obtenção de energia através dos
painéis fotovoltaicos, o empreen-
dimento não só apresenta consu-
mo zero de energia pública como
cede parte do que foi obtido.
Outro destaque é o sistema
construtivo Wood-frame ou cons-
trução a seco, ele possibilitou uma
diminuição significativa no tempo
da obra, garante o professor. Isso
significa que as paredes foram feitas
de painéis termoacústicos de reves-
timento de OSB (
Oriented Strand
Board
fibras orientadas) de madei-
ra certificada, o que traz benefícios
para a sensação térmica do ambien-
te interno e amortece grandes ruídos
provenientes do ambiente externo.
Uma das vantagens do Escritó-
rio Verde é que o espaço é aber-
to para visitas programadas com
acompanhamento técnico, atra-
vés do agendamento. O público
interessado pode ver, em primeira
mão, as soluções que são apresen-
tadas e testadas pelo escritório,
funcionando como uma espécie de
laboratório vivo”.
Atualmente, o local abriga o
Centro Regional de Integração
de Expertise em Educação para a
Sustentabilidade (CRIE – Curiti-
ba), que tem como principal diretriz
a promoção da educação de alunos
e interessados, para mudanças de
comportamento que favoreçam o
equilíbrio ambiental. “Nós usamos
o escritório para desenvolver crité-
rios de sustentabilidade e ele fun-
ciona como um centro de educa-
ção do programa sustentável, em
que os alunos passam por cursos
de aprendizado em educação am-
biental”, conta Casagrande Jr.
O projeto, que teve apenas 10%
do total de investimentos prove-
niente da UTFPR, contou com a
colaboração de mais de 60 empre-
sas parceiras na doação dos mate-
riais para a construção do escritó-
rio e dos móveis que compõem os
ambientes. “Noventa por cento do
projeto foi financiado através de
parcerias. Em troca, nós fazemos
a divulgação e avaliação dos pro-
dutos medindo o desempenho dos
materiais cedidos pelos parceiros”,
explica o porta-voz.
O objetivo é engajar a univer-
sidade em programas sustentáveis
além do Escritório Verde, servir
como modelo e nortear as solu-
ções de tais programas. Segundo o
professor, ele “(...) serve como um
modelo para a própria construção
da universidade, numa tentativa de
criar uma cultura sustentável”.