Página 71 - Revista Infra Maio 2013

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INFRA
Outsourcing & Workplace
Como foi a evolução dos cen-
tros de distribuição (CDs) no
país, nos últimos 20 anos?
No início da década de 90, as indústrias
estavam modernizando sua produção,
o que refletia no aumento de produti-
vidade e volumes, empurrando o arma-
zenamento para galpões próximos aos
centros consumidores. Paralelamente,
nascia a tendência de as fábricas des-
mobilizarem seus ativos e terceirizarem
o armazenamento, entrega e fatura-
mento. Naquele momento, algumas
construtoras começaram a se espe-
cializar nesse tipo de edificação. No
entanto, os galpões que surgiam não
atendiam as exigências operacionais
das empresas de logística em aspectos
como ventilação, proteção de combate
a incêndio, de pisos qualificados e co-
berturas estanques.
Foi quando o seu escritório
passou a projetar galpões?
Sim, há cerca de 16 anos, passamos a
projetar para esse segmento, até en-
tão nas mãos de construtores, do for-
necedor do sistema construtivo ou do
próprio negócio. Passamos a estudar
armazenagem e logística para projetar
galpões que atendessem as exigências
dos operadores e, muitas vezes, dos
investidores. Hoje, esse trabalho che-
ga a ser científico, pois se trata de um
negócio com margens baixas para os
operadores e a eficiência dos centros
de distribuição é fundamental.
Quais são as soluções projetuais?
Para maximizar a ocupação do espaço,
trabalhamos a partir de uma “receita” que
o operador nos dá e já não falamos mais
em metro quadrado, mas na posição
dos pallets, na capacidade de armaze-
namento por metro quadrado. Assim, se
o projeto consegue aumentar em 10% a
eficiência por metro quadrado, vai reduzir
em 10% o custo fixo do operador. Nesse
layout, a logística passa a comprar po-
sições de pallets. Essa solução, que vem
se aperfeiçoando, obrigou o mercado de
arquitetura e construção a estudar esse
negócio chamado de galpão de logística.
Centro de Distribuição da P&G:
segundo LEED OURO do país neste
segmento, construído pela Libercon
Engenharia com projeto de Alcindo
Dell’Agnese e consultoria da OTEC
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