Página 76 - Revista Infra Maio 2013

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INFRA
Outsourcing & Workplace
VELHO CONHECIDO, COMÉRCIO NO
TÉRREO “RESSURGE” EM SÃO PAULO
Eles agregam valor e atraem compradores dispostos a pagar mais por metro quadrado.
Mas qual é a rotina dos (ainda) poucos gestores que administram prédios mixed-use,
categoria de empreendimento que vem ganhando corpo e crescendo no país
Áreas Comuns |
por Camila Biajante
N
o mesmo dia ela recebe grandes
executivos, resolve problemas de
manutenção e põe em prática novas
ideias de gestão. O dia a dia da síndi-
ca e superintendente Vilma Peramezza
é cheio de atividades. Afinal, ela não é
uma síndica comum. Há 29 anos, ad-
ministra o Conjunto Nacional, um dos
cartões postais de São Paulo, localiza-
do na Avenida Paulista.
O Conjunto Nacional também não
é um prédio comum: projetado pelo
arquiteto David Libeskind, o gigante de
100
mil m2 de área foi, por quatro déca-
das, o único representante paulistano
do chamado prédio misto, que mescla
lojas, escritórios e apartamentos. Inau-
gurado em 1958, sedia mais de 480 em-
presas, 47 apartamentos residenciais e
66
lojas, que inclui cinema, restauran-
tes, lojas de roupas, calçados e uma
megalivraria. Além de tudo isso, diver-
sas exposições são realizadas na área
comum do Conjunto. Cerca de 30 mil
pessoas circulam por lá todos os dias.
Meu trabalho é praticamente adminis-
trar um shopping center e um prédio”,
brinca a síndica.
Peramezza, que é Mestre em Filoso-
fia do Direito pela USP e, inclusive, já foi
capa da INFRA, é um exemplo de que
Ícone paulistano: o edifício Copan
possui, só de área comum, 22 mil metros
quadrados. Lojas, cabeleireiros e muitos
outros atrativos ocupam esta área
Rodrigo Soldon