empresa atuar no porto é necessá-
rio ter diversas certificações, exigidas
pela Codesp (Controle de Segurança
dos Portos), que é quem toma conta
de tudo. A partir dessa necessidade
nos especializamos e conquistamos
cada vez mais a fatia desse mercado.
Fazemos todo o gerenciamento de fa-
cilities: parte elétrica, hidráulica, pavi-
mentação, entre outros”, explica Dias.
Sempre de olho nas oportunidades,
a A&M Engenharia resolveu implan-
tar na empresa dois segmentos novos
para atender casos pontuais: o depar-
tamento de impermeabilização e o de
ar condicionado. “Em 2010, em Santos,
a Anvisa começou a intensificar a fis-
calização no porto e na área da saúde,
pois houve um crescimento de 46% em
casos de problemas respiratórios dos
funcionários. Muitos eram ocasionados
por equipamentos de ar condicionado
comprometidos ou com capacidade
não condizente com o ambiente de tra-
balho. Enfim, era preciso se preocupar
com o todo – desde a janela, o piso, a
troca de calor no ambiente etc. Fui, en-
tão, fazer cursos, me especializar, e hoje
temos 14 pessoas cuidando disso. Só
no ano passado investimos R$ 50 mil
em cursos e fizemos uma parceria com
o Senai para trazer profissionais forma-
dos para trabalhar conosco. É preciso
enxergar a oportunidade e investir na
capacitação de funcionários”, conta o
gerente de Facilities.
E é justamente pensando em capa-
citar novos profissionais para atuar nas
áreas do Porto, Mar e Offshore, que o
Instituto Zorovich, sediado em Santos,
oferece mais de 100 cursos, entre eles
os obrigatórios – CBSN, para quem
quer trabalhar em navios de cruzeiros
e CBSP, para aqueles que irão atuar em
plataformas de petróleo e unidades
offshore. Adiantado à demanda da re-
gião, o Instituto foi pioneiro no Estado
de São Paulo ao lançar, em 2009, sob
credenciamento da Marinha Brasileira,
o Curso Básico de Segurança de Pla-
taformas, também conhecido como
Salvatagem. “O treinamento tem o
propósito de oferecer aos profissionais
tripulantes conhecimentos básicos de
segurança marítima e, acima de tudo,
familiarização com a vida no mar. Uma
espécie de passaporte para quem quer
trabalhar em cruzeiros marítimos”, afir-
ma Vera Lucia Guimarães Pereira, dire-
tora do Instituto Zorovich que aplica o
curso em Recife, Rio de Janeiro, Santos,
São Paulo e, agora, em Florianópolis.
Diante de um cenário tão promis-
sor, a Baixada Santista é, sem dúvida,
um mar de oportunidades para empre-
sários e trabalhadores.
Só no ano
passado investimos
R$ 50 mil em cursos e
fizemos uma parceria
com o Senai. É
preciso enxergar a
oportunidade e investir
na capacitação de
funcionários
Luiz Otavio Dias
,
da A&M Engenharia
