Revista Infra setembro 2013 - page 58

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INFRA
Outsourcing & Workplace
Bom momento para o
LED
Com proibição de incandescentes, comercialização da
tecnologia deve crescer nos próximos anos. Sustentabilidade,
longa vida útil e multiformatos são pontos favoráveis
Tecnologia e Iluminação | 
por Guilherme Wieczorek
O
conceito de sustentabilidade nun-
ca esteve tão forte. Empreendi-
mentos verdes são cada vez mais de-
senvolvidos pelo setor da construção.
Ao lado do consumo de água, gastos
com energia elétrica são importantís-
simos na formação de um edifício sus-
tentável, e a iluminação é parte funda-
mental nesse processo.
Uma das alternativas que ganha es-
paço nesse contexto é a tecnologia LED.
Diversos estudos apontam que esse tipo
de lâmpada possui uma vida útil de 50
mil horas e oferece uma economia em
energia de até 90%, comparada à incan-
descente de até 40 watts (W), que dura,
em média, apenas mil horas. Apesar de
ser um bom investimento, há um grande
problema: o preço. Os LEDs estão entre
as lâmpadas mais caras do mercado, o
que pode levar os consumidores a opta-
rem por outros modelos, como fluores-
centes compactas e halógenas.
Alémdo alto valor sustentável, outro
ponto deve acelerar o crescimento da
tecnologia no país: o governo brasileiro
proibiu, desde o último dia 1 de julho,
a comercialização de lâmpadas incan-
descentes de 150 W a 200 W. A medida
tem como objetivo reduzir o consumo
com energia elétrica e já foi adotada
em diversos outros locais, como Austrá-
lia, Califórnia (EUA) e países membros
da União Europeia.
A decisão interministerial foi publi-
cada no Diário Oficial da União (Portaria
nº 1007, de 31 de dezembro de 2010) e
envolveu os ministérios de Minas e Ener-
gia, Ciência e Tecnologia, e Indústria e
Comércio. Além dos modelos já citados,
vale lembrar que a iniciativa também
proibiu a venda de incandescentes de 75
W e 100 W a partir de junho do ano que
vem. A expectativa é de que a comercia-
lização de todas as lâmpadas comuns
tenha fim até 30 de junho de 2016.
Investindo em LED
De olho nas boas oportunidades do
mercado, a FLC (empresa brasileira do
setor de iluminação) anunciou o desen-
volvimento da primeira fábrica nacional
de lâmpadas LED no Brasil. O empreen-
dimento deve ser inaugurado até no-
vembro deste ano, no bairro do Limão,
na cidade de São Paulo. O objetivo é re-
duzir os preços dos produtos, que hoje
são importados da China. A empresa
espera produzir e comercializar cerca de
100
mil peças por mês em todo o País.
O investimento não para por aí! A
companhia também está construindo
um Centro de Desenvolvimento e Inova-
ção LED na capital paulista, que contará
com salas especializadas de treinamen-
to, showroom e laboratório de pesquisa
e desenvolvimento. O espaço servirá
para que profissionais, clientes e consu-
midores ampliem seus conhecimentos
sobre a tecnologia. O local tambémdeve
ser entregue até novembro de 2013.
Diferenciais e barreiras
O LED permite muito mais varia-
ções de cores e formatos do que os
sistemas convencionais”, afirma Esther
Divulgação
Esther Stiller, arquiteta responsável
pela Esther Stiller Consultoria,
durante palestra no 4º LEDforum
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