Revista Infra janeiro 2014 - page 10

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Outsourcing & Workplace
seletiva de lixo apenas colocando no
condomínio os coletores coloridos: é
preciso dar um destino adequado a
esse resíduo e comprometer os con-
dôminos”, destaca Maran.
Para Roberto de Souza, Diretor
Presidente do Centro de Tecnolo-
gia de Edificações - CTE, empresa
que há 23 anos atua no mercado,
com consultorias para mais de 220
empreendimentos, a “sustentabili-
dade é um conceito que te estimu-
la a pensar fora da caixa e adotar
formas inovadoras de lidar com as
empresas, empreendimentos e pro-
jetos, trazendo valores para o meio
ambiente”.
Com uma visão focada em ino-
vação e cuidado na gestão das so-
luções ambientais aplicadas em
edifícios certificados, Roberto des-
tacou a importância de se melhorar
as operações e o funcionamento de
empreendimentos com característi-
cas sustentáveis. O executivo mos-
trou, ainda, que é preciso haver uma
mudança de atitude dos incorpora-
dores imobiliários e dos proprietá-
rios. Para ele, a responsabilidade
social deve existir de ambas as par-
tes, assim como os administrado-
res de condomínios e os usuários,
que precisam ser educados para
viver de forma mais sustentável. “O
desempenho ambiental acontece
durante a vida útil do prédio (apro-
ximadamente 30 anos), por isso é
preciso engenharia e softwares ca-
pazes de auxiliar a manutenção e
operação dos edifícios” – explicou o
Engenheiro Civil.
Segundo Clarice Menezes Dega-
ni, Engenheira Especialista em Sus-
tentabilidade e Assessora da Vice-
-Presidência de Sustentabilidade
do Secovi-SP, vários pontos são fun-
damentais para a sustentabilidade
das edificações. “Um deles é a im-
plementação de práticas de moni-
toramento que permitam acompa-
nhar os consumos e os padrões de
desempenho dos sistemas presen-
tes. Este acompanhamento pode
se dar por meio de dispositivos de
medição, setorização e automação,
no entanto, independente do meio,
ele é essencial para o conhecimento
dos padrões presentes; a definição
de indicadores; a busca de melho-
rias etc. Sempre partindo dos consu-
mos efetivos e dos desempenhos al-
cançados pelos sistemas presentes.”
“Em minha opinião, projetos sus-
tentáveis se tornam edifícios susten-
táveis a partir do momento em que
as soluções de projeto são postas à
prova e monitoradas, e que os ben-
chmarking são criados, permitindo o
aperfeiçoamento dos desempenhos
e, consequentemente, proporcio-
nando durabilidade à edificação”,
conclui a Engenheira.
SUSTENTABILIDADE LUCRATIVA
Adquirir um edifício verde signifi-
ca investir mais. De acordo com um
levantamento do Secovi-SP, o custo
pode ser de 3 a 8%mais caro do que
um edifício convencional, devido às
estações que tratam águas de chuva
e torneiras eletrônicas, entre outros
detalhes. Contudo, o proprietário
compra o empreendimento sa-
bendo que terá uma rentabilidade
maior, já que o locatário valoriza os
benefícios que o prédio traz em lon-
go prazo. Quem compra mais caro
sabe que vai ter redução nas despe-
sas. O retorno financeiro ao longo
de 20 anos é 10 vezes maior do que
o investimento adicional gasto na
compra do imóvel, o que é uma mo-
tivação para o comprador adquirir o
empreendimento.
A economia no valor do condo-
mínio se dará pelo baixo consumo
de água e manutenção, qualidade
interna do ambiente e do ar e lu-
minosidade, por exemplo, fatores
que melhoram a produtividade dos
funcionários. “Fizemos um cálculo
em um dos edifícios que apontou
a economia de água de 40% nos
apartamentos e 74% nas áreas co-
muns. Para quem vende o prédio
sustentável é um bom negócio. É a
lei de oferta e procura; quem tem
O JK 1455 está localizado na avenida
Juscelino Kubitschek, na zona oeste de
São Paulo. Com 13 andares e 22.100
metros quadrados. O prédio tem sistema
próprio de geração de energia
Divulgação
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