Revista Infra março 2014 - page 35

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INFRA
Outsourcing & Workplace
UPGRADE
 Em mercados cada vez mais competitivos, a gestão de viagens
corporativas ganha status estratégico nos negócios, exigindo mais
do gestor, da empresa e dos fornecedores
Viagens Corporativas | 
por Paula Caires
“Resultado” é o objetivo que está
por trás de todo negócio. Mas em um
mercado cada vez mais competitivo e
clientes cada vez mais exigentes e bem
informados, ter o melhor desempenho
é um desafio constante. Os detalhes
passam a ser decisivos e a profissiona-
lização uma exigência a todas as áreas
do negócio, sendo ou não parte dire-
ta do core business. É neste contexto
que as viagens corporativas assumem
papel estratégico e estão, a cada ano,
mais profissionalizadas. Como diz a
presidente da Associação Latino Ameri-
cana de Gestores de Eventos e Viagens
Corporativas – Alagev, Viviânne Martins:
“Não há mais espaço para amadores”.
Antes, quase que exclusivamente
nas mãos de secretárias e pautada no
relacionamento, a gestão das viagens
corporativas é hoje desempenhada
por organogramas bem diversificados.
Cada empresa aposta em um formato
diferente, mas todas em busca do me-
lhor formato para otimizar o segmento,
já que ele está entre os três maiores
gastos, atrás apenas da folha de paga-
mento e de Tecnologia da Informação.
Em alguns casos, a gestão das via-
gens corporativas está subdivida em
diferentes setores, explorando a espe-
Gustavo Elbaum, diretor de marketing e vendas
da CWT: as empresas não admitem mais a
descentralização e a desorganização que existia
cialidade de cada um para determinada
parte do processo. Segundo Gustavo El-
baum, diretor de marketing e vendas da
Carlson Wagonlit Travel – CWT, é muito
comumque as áreas de facilities tenham
uma parte do negócio, assim como o
setor de compras. Há ainda empresas
onde a função fica a cargo dos recursos
humanos. Na percepção dele, mais ou
menos 40% da gestão de viagens fica
Divulgação
em facilities, 20% está em compras, 20%
em recursos humanos e os outros 20%
ficam sob o comando de outros setores,
como a área de segurança global. Viviân-
ne acrescenta ainda uma área específica
de gestão de viagens e de infraestrutura,
com ou sem facilities, sempre indo para
área de processos.
Isso porque – justifica Elbaum – há
uma nova governança nas empresas,
que não permite mais a descentrali-
zação e a desorganização que existia,
quando a pulverização era muito co-
mum. “Havia de cinco a seis agentes que
prestavam serviço, o que hoje é muito
raro. A maioria das empresas trabalha
com contrato de exclusividade. Temos
a consolidação, a profissionalização, a
regionalização e até a globalização de
alguns programas de viagens”, explica.
A mudança no perfil do profissional
é consequência da busca por melhores
resultados. E para ter melhor desem-
penho, na opinião do diretor da T&E
Consulting, Maurício Paganotto, é pre-
ciso ter mais controle: “Com alguém
focado em gerir o contrato e a política
de viagem, por exemplo, já se consegue
resultados financeiros”, elenca ele, que
criou a empresa justamente para fazer
essa gestão dedicada.
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