Revista Infra Fevereiro 2017

36 INFRA Outsourcing & Workplace RETROFIT, A ARTE PARADOXAL DE MUDAR E PRESERVAR Arquitetura, arte e história se encontram na tendência que começou na Europa, com a necessidade de dar nova vida a edificações históricas, tombadas como patrimônio RETROFIT | por Paula Caires O encontro da arquitetura com a arte é comum. Há até quem julgue im- possível separá-las. No retrofit, ambas se unememprol da preservação da história. O conceito surgiu na Europa em res- posta a uma necessidade prática. Por um lado, edificações com muitos anos de vida, que deixaram de atender às necessidades de sua população e cujo desgaste natural trouxe deficiências que podiam comprometê-las sob diferentes aspectos, sejam visuais, de segurança, de valorização, entre outros, ou mesmo por uma defasagem tecnológica ou construti- va que impossibilitava sua utilização. Por outro lado, tratavam-se de construções com um inestimável valor simbólico, por toda a história que representavam. Muitas delas, inclusive, tombadas como patrimônio histórico, protegidas por le- gislações que não permitiam a mera substituição do acervo arquitetônico. Assim, foram criados projetos de revitalização que têm como princípio modernizar o empreendimento, man- tendo sua identidade e valorizando as características históricas que o diferen- ciam, adaptando-o às exigências, usos e padrões atuais. A etimologia da própria palavra já resume bem seu propósito: retro, do latim, significa, “movimentar- -se para trás”; e fit, do inglês, significa adaptação e/ou ajuste, ou seja, seria algo como “colocar o antigo em forma”. Em uma sociedade em que, muitas vezes, busca-se instalar a cultura do des- Divulgação Vista aérea do Flamboyant Shopping Center

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