Revista Infra Março 2017

53 INFRA Outsourcing & Workplace Nuno Silva, General Manager da Arval Brasil não, deve-se observar quais as necessi- dades dos usuários. “Omundo está mudando, e boa parte dos jovens já não pensam em ter carro. Por isso, a indústria vem passando por problemas não apenas financeiros, mas principalmente por mudança de cultura. E isso vem acontecendo em todos os lugares”, afirma André Ricardo Vieira da Silva, Gestor da Eurobike Fleet Services, durante o FM Debate promovido pela Associação Brasileira de Facilities (Abra- fac) no dia 15 de fevereiro em São Paulo. Então, segundo o Gestor de empresa de gerenciamento de frotas, o momento é de repensar a questão da mobilidade, pois é muito difícil se locomover em al- gumas cidades. Dessa forma, algumas alternativas adotadas pelas empresas é o uso do Uber ou Táxi, assim ela deixa de fornecer o carro para o funcionário, mas dá condições de mobilidade, como é o exemplo da Prefeitura de São Paulo, que no dia 16 de fevereiro, publicou um decreto prevendo a substituição de frotas alugadas, por serviços de transporte que sejam feitos por aplicativos de táxis. O mais comum, porém, é ver o uso híbrido de todas as alternativas de mobi- lidade corporativa, em que a companhia realiza a compra ou o aluguel do veículo, possibilita o uso de táxi, o reembolso de quilometragem, e atémesmo o cash allo- wance, que no mercado de frotas é uma espécie de bônus que ela paga para que o profissional possa ele mesmo comprar o carro de sua preferência. E a tecnologia, da mesma forma, vem para oferecer um mundo de novas pos- sibilidades para os negócios, fazendo com que empresas do setor busquem soluções criativas para agregar serviço e proporcionar mais receita à operação. E mesmo com a tendência de empre- sas adotarem serviços a fim de evitar o deslocamento de funcionários, diminuin- do consequentemente o uso de frotas, como é o caso de reuniões via conference call e o trabalho home office, dificilmente o mundo digital substituirá totalmente o contato humano nas interações co- merciais. Afinal, a tecnologia apenas complementa as relações humanas e a beneficia. Nesse sentido, sobre qual é a melhor opção, comprar ou alugar a frota corpora- tiva, confira algumas características que devem ser levadas em conta durante a tomada de decisão: FROTA PRÓPRIA Durante o FM Debate, Silva apresen- tou as seguintes estratégias na gestão efetiva de frotas corporativas. A empresa que opta por uma frota própria, terá de analisar devidamente quais as suas ne- cessidades, por exemplo, atender uma demanda de carros operacionais e/ou uma demanda de carros para executivos, e quais as necessidades do condutor, caso a pessoa tenha uma deficiência e o veículo precise ser adaptado. É preciso realizar também um estudo de regionalização, que identifique qual o modelo ideal de veículo para cada região do País. Tendo feito isso, a empresa deverá definir políticas internas de frotas que pontue questões operacionais e jurí- dicas a serem seguidas, e estabelecer ferramentas de controle, que ajudem a cuidar da aquisição do veículo, da docu- mentação, questões referentes a multas, seguro, manutenção e revenda. A utilização de frota própria, no en- tanto, tende a se tornar onerosa para a empresa, avalia Nuno. “Em alguns casos, apesar do valor do carro parecer mais barato no momento da compra, ao realizar análise segundo o total cost of ownership (TCO), ou seja, custo total da propriedade, o valor total do veículo não será respectivamente o mais bara- to, porque além da aquisição, existiram gastos com manutenção, seguro, com- bustível, financiamento, depreciação, além de pagamentos de funcionários e encargos sociais. Nós, como empre- sa de terceirização de frotas, temos a postura de acreditar que um carro não é apenas um carro. Gostamos muito de ouvir os clientes e entender as suas ne- cessidades, para assim, poder propor o melhor emprego dos carros e o melhor investimento a longo prazo”, informa o General Manager. FROTA TERCEIRIZADA Segmento que abrange diversos be- nefícios para as empresas, a expansão da terceirização de frotas vem sendo ala- vancada no País por pequenas e médias empresas, que representamum segmen- to de desenvolvimento e expansão no Divulgação

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