Revista Infra Maio 2017

7 INFRA Outsourcing & Workplace por Andreia Alevato nas calçadas do edifício, que colabo- ram muito com a limpeza do local e da cidade”, contou Vilma. Após a instalação dos coletores no Conjunto Nacional, a varrição das calça- das é feita quatro vezes ao dia. Os funcio- nários do edifício recolhem diariamente as bitucas e, mensalmente, um funcioná- rio do Programa Coletor Ambiental retira o material armazenado no subsolo. O material entregue ao Programa Coletor Ambiental é transformado emadubo, ge- randomenos resíduos nomeio ambiente. O Hospital Ana Costa também ade- riu ao Coletor Ambiental, em março de 2015, para solucionar o problema com bitucas nas calçadas das unidades de Santos (litoral paulista). De acordo com a Coordenadoria de Hotelaria do hospital, a instalação dos equipamentos facilitou muito a manutenção de limpeza nas por- tarias e calçadas da instituição e, conse- quentemente, deixa a cidade mais limpa. Só em 2016, quase 30 mil bitucas foram depositadas nos coletores do hospital. O Coletor Ambiental é tão útil e eficaz, que a administradora de condomínios Sigma recomenda sua instalação nos prédios que administra, principalmente nos comerciais. O diretor presidente da empresa, Márcio Cerqueira César, defen- Quando a lei Antifumo (13.541/2009) entrou em vigor, emmaio de 2009, que proibia fumar em locais fechados, Roberto Dias, diretor presidente da Coletor Ambiental, percebeu que o entorno dos estabelecimentos ficava muito sujo, combitucas jogadas no chão ou em floreiras. Emuma viagempara Londres, ele visitou umpub e viu um coletor de bitucas. Mas ainda faltava algo. “Não queria só umproduto bonito. Queria umprojeto completo, que tirasse a sujeira da rua, mas que não fosse jogado emoutro lugar qualquer. Queria umprojeto sustentável”, contou Dias. A partir daí, ele pesquisou o tema, conversou com pessoas envolvidas com reciclagem. Porém, essas reciclagens eram feitas em pequenas quantidades, com cunho social. Também procurou universidades e pesquisadores do tema. Foi quando descobriu uma usina de compostagem, localizada no Paraná, que recicla, semanalmente, toneladas de bitucas de cigarros. Foram 3 anos de pesquisa e todo processo para consolidar o projeto com as licenças devidas. “Começamos o Programa Coletor Ambiental em 2009, junto como início da lei Antifumo, e, desde então, não paramos de crescer. As pessoas acreditamna ideia e queremaplicá-la, porque envolve sustentabilidade e o selo verde”, finalizou. DA LEI PARA A IDEIA DE SUSTENTABILIDADE de a ideia porque comprovou amudança de hábito das pessoas que têm acesso ao equipamento. “Quando tem o coletor, as pessoas se habituam e jogam as bitucas nele. As pessoas continuam fumando, mas o ambiente permanece limpo. É uma ótima alternativa para omeio ambiente”, completou César. A RECICLAGEM Já instalado e em uso, o Coletor Ambiental recebe a manutenção, que funciona assim: depois que uma certa quantidade de bitucas é depositada no equipamento, é realizada a coleta e os resíduos são enviados para a empresa de reciclagem. Tudo é processado e transformado em um composto, que pode ser misturado com sementes de grama. Essas sementes são plantadas em encostas com erosão, ajudando na recuperação do solo. Vilma Peramezza , administradora do Conjunto Nacional Fotos Divulgação

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