Revista Infra Outubro 2017

23 INFRA Outsourcing & Workplace INFRAESTRUTURA DO MUSEU Prédio orçado em 80 milhões, com área construída de 8.662 m2, foi conce- bido, segundo Mammì, por meio de um concurso promovido pelo instituto no final de 2011, convocando jovens arqui- tetos brasileiros para discutir a arquite- tura em volta de um centro cultural tão importante, que é a Avenida Paulista. A escolha do projeto desenvolvido pelo escritório Andrade Morettin Ar- quitetos resultou na construção de um edifício com características inovadoras, que determina uma relação única do espaço interno com o contexto urbano onde está inserido e quantifica, com a ajuda da programação do museu, quais as áreas necessárias e o agrupamento dos espaços. Esses são alguns dos critérios esta- belecidos no memorial elaborado pelos arquitetos, que afirma que o projeto foi imaginadopara “criar ummuseuacessível, ancorado no presente, que tenha uma relação franca e direta com a cidade e que, ao mesmo tempo, ofereça um am- biente interno tranquilo e acolhedor; um museu capaz de equilibrar a vibração das calçadas coma natureza e comos espaços museológicos, que exigemuma qualidade de luz e uma percepção do tempo muito particulares. Enfim, ummuseu de caráter marcante, que proporcione uma experiên- cia única e pessoal para quem o visita”. Segundo Vinicius Andrade, Sócio do Andrade e Morettin Arquitetos, uma vez que o escritório foi escolhido, teve início o diálogo com todos os consultores espe- cializados de infraestrutura, iluminação, acústica etc., e com alguns fornecedores para entender a viabilidade do projeto e quais os desafios a serem superados, como o de organizar o programa de um museu em um edifício vertical. “A natureza de um museu, em um primeiro momento não é essa, é mais tranquilo e natural você organizá-lo a partir de um percurso horizontal. Mas pelas funções do lote, era claro que o es- critório teria que desenvolver umprojeto em diferentes níveis”, pontuou Marcelo Morettin, Sócio do escritório de arquite- tura, também durante participação no evento promovido pelo Arq.Futuro. Além disso, segundo Morettin, era preciso conciliar dois aspectos contra- ditórios: trazer a energia da Avenida Pau- lista, um lugar tão interessante e vivo, para dentro de ummuseu, um lugar mais introspectivo, com o intuito de poder imergir nas programações com sereni- dade, comuma luz especial, entre outras características especiais. Esse foi um dos assuntos discutidos pelo escritório, que resultou na elabora- ção de uma fachada de vidro translúcido autoportante, conferindo uma qualidade de luz agradável e acolhedora ao interior do edifício, que ao mesmo tempo, carre- ga com ela o rastro da cidade, trazendo a memória domundo que está a sua volta. Com relação a disposição das áreas internas, elas foram agrupadas estrategi- camente, conforme cada função exercida, e um ponto de encontro foi criado no meio do edifício, para dividir os espaços. A Praça IMS, para onde foi transferi- do o hall de entrada, fica a 17,5 metros de altura do solo, abaixo das salas de exposição, e acima da midiateca (onde foram agrupados os espaços para teatro, cinema e biblioteca), fazendo com que o ambiente de entrada e convívio ganhasse um novo significado, criando assim uma nova relação do prédio com a avenida. “Pensando em acessibilidade, o edifício dispõe de uma grande quanti- dade de elevadores e escadas rolante. Da Avenida Paulista, é possível acessar a entrada do museu por meio de um elevador ou de uma escada rolante, que leva diretamente para o 5º pavimento. A partir daí, é possível ter acesso aos outros quatro elevadores, que ficam distribuídos no espaço privativo do instituto”, informou Andrade. Divulgação

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