Revista Infra Outubro 2017

58 INFRA Outsourcing & Workplace OUTSOURCING & SERVIÇOS CULTURA DO HOME OFFICE Sob outro ponto de vista, trabalhar em casa não é mais sinôni- mo de emprego informal ou por conta própria, cada vez mais executivos com altos cargos e posições de destaque em grandes companhias dividem o tempo entre o escritório e a sala de casa. A popularização do home office no Brasil se deve, principal- mente, às empresas multinacionais que exportam esse hábito para as sedes no país, como aconteceu com a principal fabri- cante de headsets do mundo, a norte-americana Plantronics. Em parte, apesar de um olhar ainda conservador de alguns gestores, o home office se mostra uma prática efetiva e com benefícios, como o engajamento, o aumento da noção de autonomia e de responsa- bilidade do funcionário, e a redução de custos para a empresa. Com sede em Santa Cruz, Califórnia, a Plantronics já incentivava uma política de trabalho remoto para os funcionários da matriz e na sede brasileira não poderia ser diferente. Para a principal fabricante de áu- dio e voz do mundo, o home office virou, inclusive, nicho de mercado e inspirou a empresa a desenvolver novas tecnologias para superar os principais problemas apontados pelos próprios colaboradores – som ambiente que impede a concentração, barulho externo que vaza nas ligações, voz metálica, entre outros que dificultavam o atendimento. À frente da Plantronics, a Senior Territory Manager para o Brasil, Vera Thomaz, divide as tarefas entre o escritório da marca, em Alphaville e o escritório pessoal, em casa. “Com as ferramentas certas é possível trabalhar de qualquer lugar. Pelo menos duas vezes por semana trabalho da minha casa onde preparei o am- biente para realizar conferências com nossa matriz e com os nos- sos clientes. Os dias são bastante produtivos, pois em questão de minutos estou na minha estação de trabalho”, esclarece Thomaz. FLEXIBILIDADE PARA SE TRABALHAR Spaces é uma empresa de ambientes flexíveis de trabalho, que atua em 19 países e inaugurou em julho o seu primeiro espaço no Brasil. Paralelamen- te à preparação para a chegada ao País, a empresa realizou a pesquisa Trends in flexible working (“Ten- dências em trabalhos flexíveis”), voltada para ten- dências do trabalho remoto e versátil. O estudo foi realizado com 20 mil profissionais em todo o mundo, sendo 900 profissionais do Brasil, de diversos seto- res: consultoria e serviços, utilities, tecnologia, entre outros. Dentre as constatações, o estudo mostra que 50% dos profissionais brasileiros afirmam que prio- rizam empresas que oferecem jornada de trabalho flexível, a média global desse índice está em 63%. O estudo também apurou a expectativa de cres- cimento para o setor, apontando que 66% das empresas em todo o mundo esperam aumento na demanda por espaços de trabalho flexível (espaços de coworking, business lounges, escritórios de curto prazo), projeção que salta para 81% no Brasil. “Nos últimos anos vemos a ideia de economia compar- tilhada ganhar muita força, tanto globalmente quanto por aqui. O universo do trabalho não fica aquém dessa tendência e vemos que flexibilização das jornadas e a opção do trabalho remoto tem ganhado terreno. Nesse contexto, o Spaces chega para reinventar o conceito de ambientes de traba- lho compartilhados e trabalho flexível no Brasil”, conta Otávio Cavalcanti, Diretor do Spaces no Brasil. Quanto a esse crescimento no mercado brasilei- ro, 69% dos entrevistados veem que o principal motivador para a flexibilização são empresas que desejam reduzir os custos com escritório, 60% acreditam que o aumento será devido a colabo- radores que procuram trabalhar remotamente ou que exigem trabalhar mais perto de casa (52%). E quando se trata de tecnologia – item mais que fundamental quando se pensa em trabalho re- moto –, Dropbox e Google Drive despontam como os recursos mais usados pelos brasileiros (68%), seguidos de videoconferência e acesso remoto ao servidor, com 46% e 37% respectivamente. Divulgação

RkJQdWJsaXNoZXIy Mjk5NzE=