Revista Infra Janeiro/Fevereiro 2018

19 INFRA Outsourcing & Workplace Vik Bangia, CEO da Verum Consulting Susanna Marchionni, Diretora Geral da SG Desenvolvimento seja muito lento, você consegue preparar a maioria dos seus e-mails de trabalho, então o tempo de viagemnão foi perdido. Você desce do ônibus na frente do seu escritório, e minutos depois seu chefe lhe informa sobre uma visita imprevista a um determinado lugar, por isso, você faz reserva em um programa de aluguel de veículos por horas. Pede um carro para o mesmo dia, com uma bicicleta dobrável no porta-malas. Seu destino fica bem no centro da cidade. Por isso, quando chega em um bairro próximo, você deixa o carro com- partilhado emumestacionamento e pega a bicicleta com a qual passará o resto do dia, economizando tempo e evitando congestionamentos. Seu aplicativo de deslocamentos lhe dá instruções pelo fone de ouvido bluetooth e oferece con- selhos sobre como adaptar a velocidade na bicicleta a sua condição física. Como você sofre de asma, o aplicativo sugere uma rota que evita uma área especial- mente poluída. Esse relato feito por Marcin Budka, pesquisador principal de Ciência de Da- dos da Universidade de Bournemouth (Reino Unido), ao jornal espanhol El País em julho de 2017, é um exercício de imaginação sobre um dia na vida de um trabalhador de uma cidade inteligente (do inglês, smart cities), um conjunto de tecnologias integradas para fornecer ao cidadão os meios para que sua vida se torne mais segura, rápida e barata. Daí você pensa: “isso estámuito longe de acontecer!”. E é aí que você se engana. Como Budkamesmo cita em seu artigo, a maioria dos dados necessários para que esse dia se torne realidade já estão sendo colhidos. Veja seu celular, por exemplo: ele é capaz de determinar a sua locali- zação, a sua velocidade e até o tipo de atividade que você está fazendo. E essa é apenas uma das tecnologias que devem ser responsáveis por engros- sar o potencial de mercado de US$ 1 tri- lhão na América Latina quando falamos em soluções de conectividade para cida- des inteligentes, segundo estimativas da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Na prática, é o conceito das cidades inteligentes – umconjunto de tecnologias integradas para fornecer ao cidadão os meios para que sua vida se torne mais segura, rápida e barata – três pilares das atividades de Corporate Real Estate e Facility Management. Mas, então, o que os profissionais ges- tores de edificações de todos os tipos (galpões, escritórios, hospitais, prédios corporativos, shoppings, universidades etc.) precisam fazer para estar preparados para as cidades inteligentes? Na visão de Vik Bangia, CEO da Verum Consulting, um inovador estrategista de Corporate Real Estate reconhecido em diversos países, “os Facility Managers de- veriamadotar a tecnologia da Internet das Coisas (Internet of Things – IoT), porque, dentro de cinco anos, ninguém poderá dizer que não esperava as mudanças que estão por vir. Em outras palavras, os FMs precisam trocar o foco operacional tra- dicional pelo tecnológico e estratégico. E isso se aplica a todos os tipos de pro- Smart City Ecopark: polo tecnológico e empresarial fotos Divulgação

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