Revista Infra Maio/Junho 2018

23 INFRA Outsourcing & Workplace uma cidade contemporânea, que aponta para o futuro e preserva as referências do passado”, afirma Marcos Madureira, vice-presidente executivo de Comunica- ção, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Santander Brasil. “De um farol, podemos enxergar longas distâncias e trazer para perto o que há de novo no mundo”, complementa ele. O QUE HÁ PARA VER As atrações do Farol Santander ocu- pam 18 andares dos 35 do edifício de 162 metros, que por um longo perío- do foi a maior estrutura de concreto armado da América do Sul. As visitas começam pelo hall do andar térreo, um dos tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (Condephaat), assim como o 2º, 3º, 5º, 6º e mirante, e seguem até o mirante do 26º andar, onde foi instalado um café com inspi- ração art déco. OS DESAFIOS DA ENGENHARIA E DA INFRAESTRUTURA PREDIAL Com 32 anos de Banco Santander, o Superintendente de Facilities Edmar Cioletti esteve à frente da reforma, que durou menos de sete meses – um prazo considerado enxuto para uma obra deste porte e complexidade. Mais de mil pes- soas trabalharam de ponta a ponta para que o projeto fosse concluído, incluindo profissionais do Rio de janeiro e de outras cidades, vários fornecedores novos e a “escolha a dedo” dos prestadores de ser- viços que viriam a atuar na manutenção e operação predial. O trabalho como um todo envolveu algumas fases. O primeiro mapeamento teve como foco o atendimento às legis- lações e à segurança. Outro passo foi garantir uma infraestrutura básica de conforto para usuários e visitantes da edificação. Imagine renovar os sanitá- rios sem mexer nas áreas tombadas! Ou ainda: iluminar a fachada tombada, adaptar a iluminação (hoje 100% LED), os elevadores e promover a conserva- ção do mobiliário de época... Se hoje o prédio tem um consumo menor de energia, deve-se à instalação de um sis- tema robusto de automação que mo- nitora on-line os gastos com o recurso energético. Mais uma atração é o lustre gigante, que preenche o vão do térreo e do mezanino. “Semanalmente, nos reuníamos em um Comitê Executivo para antever os desafios e discutir as ações. Uma correria positiva. Temos muito orgulho desse tra- balho”, destaca Cioletti, que assim como os demais colaboradores da área realiza- ram uma verdadeira imersão no projeto, visitando inclusive museus e instalações do gênero nas horas vagas. OBJETOS DE SUCATA Distribuídos por diferentes andares do prédio estão 24 objetos em sucata, produzidas por Marcelo Stefanovicz, a partir de dez toneladas de materiais des- cartados do próprio edifício. A série de obras é composta por objetos utilitários, como fruteiras e candelabros; passando por itens de médio porte, como cadei- ras, poltronas e luminárias; e mobiliários maiores, como mesa de jantar, mesa de centro e armários.

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