Revista Infra Maio/Junho 2018

34 INFRA Outsourcing & Workplace equipe de 2.500 colaboradores e 4.500 médicos, o H9J procurou avaliar também nesse projeto os materiais, os equipa- mentos e os produtos químicos utilizados durante a limpeza, prevenindo a trans- missão de vírus e doenças. Na prática, leitos foram previamente selecionados e tiveram doze pontos de maior risco de contaminação marcados, para que após a higienização, fosse pos- sível verificar com luz negra se o trabalho realizado pelo profissional de limpeza é adequado, feito com pressão, sem ape- nas arrastar a sujeira. Após a avaliação, era possível verifi- car qual o profissional responsável pela higiene daquele apartamento, e se ele precisaria ou não de outro treinamento. No início do projeto, a média de con- formidade de limpeza que era de 42%, aumentou para 85% após o H9J adotar as medidas cabíveis. Além disso, com o resultado obtido o hospital mudou os produtos utilizados no processo, dimi- nuindo a carga microbiana, e melhoran- do as condições de limpeza e o resultado no controle de infecção. LIMPEZA COM REFORMAS SIMULTÂNEAS Foi durante a construção de duas torres de atendimento do Hospital Sí- rio-Libanês, que Tatiana Herrerias, da Comissão de Controle de Infecção Hos- pitalar (CCIH) teve dúvidas se estava em umhospital ou emum canteiro de obras. Para lidar com os riscos provenientes de toda obra, como a transmissão aé- rea de patógenos infecciosos por meio de poeira, o barulho e o cheiro forte, foi preciso realizar um planejamento de gestão de obra e criar ummapa de risco considerando: • o local onde acontecerá a obra, po- dendo ser considerada de risco baixo, médio, alto ou muito alto; • atividades que serão realizadas na obra, por exemplo: A) a remoção de placas de forro para inspeção; B) a furação de paredes, piso e forro; C) a troca de equipamentos de ar condicionado; D) demolições e projetos de construção de grande porte; entre outros; • a definição de classe de medidas a serem aplicadas, como: A) manter as portas fechadas durante obras simples; B) cobrir superfícies de trabalho com névoa de água para controlar a poeira durante perfurações; C) utilizar tapu- mes, cortinas de lonas para isolar as outras áreas do local de trabalho, antes do início das obras; D) no caso de obras mais complexas, construir ante sala e exigir que o pessoal da obra circule por elas para possibilitar a aspiração do pó com vácuo HEPA antes de deixar o local de trabalho; entre outras. “Depois de definir a classe de medi- das a serem aplicadas, é preciso realizar um instrumento de auditoria que é feito durante a obra, para verificar, por exem- plo, onde fica o elevador, por onde o pa- ciente vai passar, se será preciso treinar os pedreiros um dia antes da obra etc. Tudo isso é o checklist antes da obra, mas também existe o pós-obra, que é a classe de medidas do que é preciso fazer no término, como a limpeza da área de trabalho etc.”, esclareceu Herrerias. E concluiu afirmando que o funda- mental é realizar um trabalho emparceria com a equipe de obras e manutenção, além de incluir no Programa de Con- trole de Infecção Hospitalar (PCIH) um procedimento que defina as medidas de prevenção que devem ser adotadas nas obras, reformas e reparos diários da instituição. Para lidar com os riscos provenientes de toda obra, (…) foi preciso realizar um planejamento de gestão de obra e criar um mapa de risco Tatiana Herrerias , do Hospital Sírio-Libanês Angela F. Sola Tatiana Herrerias Divulgação Divulgação LIMPEZA HOSPITALAR

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