Revista Infra Maio/Junho 2018

38 INFRA Outsourcing & Workplace Outra tecnologia limpa utilizada nas unidades dos hospitais, principalmen- te quando se pensa na segurança do paciente, é a esterilização de materiais cirúrgicos. Por isso, o hospital comprou autoclaves ecoeficientes, e passou a eco- nomizar 100 mil litros de água por mês nesse processo. Então, com toda a prática de redu- ção de consumo de água, o hospital que utilizava em 2010 o total de 43 mil m3 de água, hoje consome 23 mil m3. Outro case de sucesso que foi apli- cado recentemente no hospital é a re- ciclagem das mantas de SMS dentro do centro cirúrgico, garantindo o encami- nhamento ambientalmente correto des- sas mantas. “O problema é que antes, grande quantidade de material de uso único era descartado junto com o ma- terial reciclável. Então, desenhamos um hamper partido ao meio, e colocamos um saco de papel embaixo. Esse hamper vai para dentro das salas cirúrgicas no momento da montagem, exatamente enquanto estão abrindo os pacotes. A partir do momento que se inicia a ope- ração, o hamper sai da sala para que as pessoas, enquanto estão desenvolven- do alguma atividade, não contaminem esse material que era limpo de alguma forma”, afirmou Marques. Então, quando esse material sai da sala de cirurgia, ele é levado para um abrigo e ensacado comomaterial de reci- clagem, que, em seguida, é transformado em pellets de polietileno e é reutilizado. Esse projeto foi implantado em junho de 2015, com a meta de reduzir sete qui- los de resíduo gerados pela cirurgia. Hoje, a metade do lixo da cirurgia é reciclada, resultando em 27 toneladas de material que foi para a reciclagem, porque não estava contaminado. “Hoje aprendemos que juntos somos mais fortes. Se todo mundo se engajar e abraçar o projeto, com certeza ele será um sucesso.” DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE EQUIPES Quando o Hospital do Coração (HCor) começou a enfrentar problemas na área de limpeza, com baixa produ- tividade e alto retrabalho, ao fazer a análise das causas, Katia de Assis Rai- mundo, Coordenadora de Operações do Hospital, e sua equipe, perceberam que a mão de obra era a parte mais crítica do processo. Então, com o propósito de oferecer um plano de treinamento diferenciado para as equipes, o HCor fez uma parceria de sucesso e realizou umprojeto de blen- ded learning, de treinamento presencial com game, que ficou conhecido como “gameficação da limpeza”. Nesse treinamento, o HCor con- vidou uma Engenheira Química que mostrou para os profissionais de higie- ne qual era a diferença entre limpeza doméstica e limpeza hospitalar. Eles tiveram a oportunidade de criar um produto com cor, cheiro e espuma, e entender que um produto a base de água e sal, sem esses componentes, funciona da mesma forma, por tanto que tenha o ativo reagente. Após esse treinamento, a equipe realizou uma avaliação personalizada pelo computador, através de um game de perguntas e respostas, em que o pro- fissional se via dentro de apartamentos e outras áreas do hospital que trabalha diariamente, e identificava qual o pro- cesso de limpeza era necessário aplicar em cada ambiente. Dentre as perguntas, por exemplo, o profissional de higiene precisava infor- mar o que ele faria se encontrasse um alimento no apartamento? Ele comeria; jogaria no lixo; ou levaria para casa? Após essa avaliação personalizada, foi possível identificar os pontos fracos para treinamento específico, e fazer uma auditoria pós-treinamento teórico com prática em local de trabalho. Além disso, depois de implantar o game, segundo Assis, o hospital teve uma queda das queixas de limpeza e aumento da pesquisa de satisfação dos funcioná- rios, sendo que em poucas semanas, o HCor saiu de 11,8 reclamações/mês no quesito limpeza, para 5. Hoje aprendemos que juntos somos mais fortes. Se todo mundo se engajar e abraçar o projeto, com certeza ele será um sucesso Elaine Ferreira Marques , do Hospital Leforte Katia de Assis Raimundo Divulgação LIMPEZA HOSPITALAR

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