Revista Infra Julho/Agosto 2018

72 INFRA Outsourcing & Workplace GREVE DOS CAMINHONEIROS: VAI SE REPETIR? Você é um conformista? Não? Então está apto a ser um gestor de riscos estratégico neste século XXI! ESTUDO DE GREVE | por Prof. Dr. Antonio Celso Ribeiro Brasiliano, CIGR, CRMA, CES, DEA, DSE, MBS A greve dos caminhoneiros, que causou um clima de inquietação e transtornos para parte considerável da sociedade brasileira e prejuízos bilioná- rios para quase todos os segmentos em- presariais. Alémde expor a fragilidade do Governo Federal, do Presidente Michael Temer, que não teve reação estruturada alguma, pois o que a sociedade brasileira vivenciou foi uma inepta e rudimentar negociação que só fez aumentar o cli- ma de tensão. Diante do todo cenário podemos perguntar se há novo risco da greve de caminhoneiros, independente se ele possa ser classificado como Risco Político, Operacional, Social e de Merca- do. Acompanhe: 1) LISTAGEM DOS RISCOS Como listar alguns riscos, por cate- goria, com o objetivo de identificarmos quais são os riscos relevantes, neste con- texto em que estamos vivendo no Brasil. 2) AVALIAÇÃO DOS RISCOS Com o objetivo de realizarmos um breve estudo de riscos, vamos identificar a criticidade de cada risco e também sua motricidade – nível de interdependência. RISCOS POLÍTICOS DEFINIÇÃO 1. Conflito Interno Agitação social, violência, nacionalismo, federalismo, golpes e revoluções 2. Ativismo Social Eventos ou opiniões que viralizam, facilitando ações coletivas 3. Leis e Regulamentações Mudanças nas regras, taxações de novos impostos em função de subsídios criados 4. Corrupção Propinas sistemáticas 5. Desconfiança no Governo – Incerteza Incerteza no governo, em função da impotência no trato dos riscos políticos, mercado e operacionais, gerando instabilidade 6. Terrorismo Criminoso Ameaças e violência contra pessoas e propriedade, em função do esgarçamento do tecido social e a infraestrutura governamental 7. Ataques Cibernéticos Roubo ou destruição de dados em infraestruturas críticas do governo, interconectadas com a indústria e serviços essenciais RISCOS DE MERCADO DEFINIÇÃO 1. Volatidade do dólar no mercado brasileiro Variação cambial, gerando inflação e recessão 2. Aumento da taxa de juros Variação para cima da taxa de juros, impactando fortemente a classe média, média baixa e baixa 3. Retração da Economia – PIB muito pequeno – 1,59% para 2018 Mercado paralisado em função da incerteza política e do aumento do déficit fiscal brasileiro 4. Desinvestimento de investidores estrangeiros no Brasil Instabilidade política, governo perde credibilidade, podendo haver mudanças nas regulações e taxas RISCOS SOCIAIS DEFINIÇÃO 1. Aumento da taxa de desemprego Sobe para 12,5%, podendo oscilar até 14% a taxa de desemprego 2. Aumento da violência na população brasileira em função da retração da economia e investimentos em infraestruturas Gap social com forte cooptação por parte de grupos criminosos – facções e de agentes cibernéticos 3. Sociedade brasileira elege presidente populista A sociedade brasileira por estar “raivosa”, vota em candidato populista que promete soluções milagrosas RISCOS OPERACIONAIS DEFINIÇÃO 1. Paralizações de segmentos reivindicando melhores condições de trabalho - greves de vários sindicatos Em função das incertezas políticas, da retração da economia e alto índice de desemprego 2. Infraestruturas críticas sem nível mínimo de manutenção e segurança Com déficit fiscal elevado, o governo deixa de investir nas instalações críticas e suas infraestruturas, deixando-as fragilizadas 3. Desabastecimento de insumos críticos Serviços essenciais não são garantidos em função de não haver insumos considerados críticos, tais como: combustível, alimentos, remédios, entre outros

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