Revista Infra Janeiro/Fevereiro 2019

15 INFRA Outsourcing & Workplace O projeto foi todo pensado para que no final, dados os cenários econômico e de desenvolvimento do setor, tivéssemos oportunidade de uma operação mais eficiente e com custos menores” Márcio Reis , Gerente de Operações do Itaquá Garden Shopping vivemos um momento diferenciado. As- sim como todos os setores da indústria, o nosso também foi bastante afetado, o que pressionou a locação de lojas, os valores de aluguéis e, consequentemente, a remuneração dos empreendimentos”, afirma o Gerente de Operações do Itaquá Garden Shopping, Márcio Reis. Por isso, “o projeto foi todo pensado para que no final, dados os cenários econômico e de desenvolvimento do setor, tivéssemos oportunidade de uma operaçãomais efi- ciente e comcustosmenores”, acrescenta. O resultado fala por si só: em menos de umano emoperação, o empreendimento já está com 83% da ABL locada. Comum formato totalmente inovador no País, que possibilita um custo de ocu- pação até 50%menor que o de formatos clássicos, o Porto Belo Outlet Premium também comemora sua taxa de ocupa- ção emumano: 98%. E o empreendimen- to já está com uma expansão anunciada para o segundo semestre de 2019, além de um novo outlet, no mesmo formato, na cidade de Campo Largo, Região Me- tropolitana de Curitiba, para 2020. “O Brasil vive períodos de ciclos e crises, e a crise gera oportunidades. Vi- sitamos muitos varejistas de 2012 para frente e detectamos que alguns estavam reduzindo suas operações, outros ex- pandindo, mas a indústria estava com um estoque muito grande. Fizemos um trabalho de benchmarking e enxergamos a oportunidade de trazer um conceito 100% estadunidense, em que o lojista é a própria indústria ou um distribuidor da marca. O fato de que a indústria está vindo para o varejo é um caminho sem volta, já consolidado nos Estados Unidos, e estamos despertando no fabricante, no Brasil, essa cultura de fabricar diretamen- te para outlet”, pontua o superintendente do Grupo Tacla, Michael Domingues, res- ponsável pelo empreendimento. Localizado entre Florianópolis e Bal- neário Camboriú, o grupo considera o empreendimento como o primeiro do segmento no Brasil com conceito 100% norte-americano – a céu aberto, em for- mato village. São 25 mil m2 de ABL, em um terreno de 300 mil m2 às margens da BR-101, comprojeto de paisagismo de um estúdio de Dallas, adaptado a plantas na- tivas e da região, e projeto de iluminação do Lighting Designer Theo Kondos, autor de grandes projetos emdiversos países da Europa. Sem elevadores, escadas rolan- tes, nemar condicionado nos corredores, o custo menor é garantido e o desconto também, inclusive, contratualmente. “Há uma cláusula de desconto mínimo obri- gatório de 35%em relação às lojas de rua ou de shoppings”, destaca Domingues. Inovação e busca por oportunidades também caracterizam a atuação da BR Malls. Para incrementar vendas aos lo- jistas, além de aproximar shoppings e varejistas na busca de novas soluções para desafios decorrentes de e-commerce e do consumidor multicanal, uma das alternativas foi a parceria com a Delivery Center, uma plataforma, especializada em logística fracionada, que está usando os shoppings como centrais de distribuição, buscando integrar o varejo físico ao on- -line, comentrega de produtos nomesmo dia ou até na mesma hora da compra. Em agosto deste ano a companhia também anunciou uma parceria inédita como espaço de fomento ao empreende- dorismo tecnológico da América Latina, o Cubo Itaú, onde será responsável por um andar inteiro dedicado ao varejo. E, em 2017, já havia lançado o brMalls Partners, iniciativa inédita no setor de varejo no Brasil em parceria com a Endeavor, que selecionou 15 varejistas com potencial de crescimento para serem acelerados. INOVAÇÃO PRA CONTER UM VILÃO Para ajudar na rentabilidade, equili- brando a conta dos custos condominiais, um dos pontos de ataque, que têm se mostrado comuns nos novos empreen- dimentos, são os custos energéticos. O Itaquá já nasceu no mercado livre de energia, tendo, também, recebido o Cer- tificado Comerc-Sinerconsult de Energia Renovável, pelo consumo voluntário de energia de fontes renováveis. Segun- do Reis, 27% do montante de energia consumidos pelo empreendimento são provenientes de pequenas centrais hi- drelétricas e de energia eólica. Para gerir o grande vilão das contas, responsável por até 50% dos custos de energia, o Itaquá usa equipamento de ar condicionado com chillers, que fazem a troca de calor por termoacumulação durante a noite, para ser usado o ar re- frigerado durante o dia. No Camará Shopping, inaugurado em maio, em Camaragibe, no Pernambuco, essa pequena mudança já economizou

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