Revista Infra Março/Abril 2019

exige a implantação de centralizadores de dados em um raio de 15m. Outra des- vantagemno caso de dispositivos à bate- ria com infravermelho é que eles geram falso-positivo em diferentes situações, gerando viés em dados e eliminando as chances de uma gestão efetiva. No caso de dispositivos instalados por mesa para uso de RFID, além do custo, a questão principal é que o colaborador não vai se sentir confortável de ficar o tempo todo fazendo check-in/check-out, e outra dú- vida é se ele vai fazer isso corretamente. A experiência mostra que isso também não se realiza. Por fim, no caso (3), já é realidade o uso de tecnologia emgadgets IoT comproces- samento local de imagemreferente aoque é observado de uso das mesas, ou seja, não há a necessidade de transmissão de imagemevitando problemas, inclusive de invasão de privacidade. Uma grande van- tagem dessa alternativa é que, qualquer que seja o indivíduo a utilizar uma mesa, este terá ouso identificado semfalhas, fato que não ocorre nos casos (1) e (2). Além disso, váriasmesas podemser gerenciadas por um mesmo gadget – uma vantagem de custo. A única possível desvantagem desse caso remete ao fato dos tais gadgets precisaremser elétricos, devido ao tipo de processamento que realizam. Por Flávio Pimentel e Marcelo Junqueira gens são o baixo custo de infraestrutura a ser instalada, visto o uso dos smart- phones pessoais e a instalação de gad- gets, usualmente elétricos, que atuam gerenciando ilhas de mesas definidas em função do próprio interesse do gestor. Esses dispositivos podem realizar check- -in ou rastreamento dentro da sua área de cobertura. As desvantagens estão na dificuldade emestabelecer o smartphone pessoal como um instrumento perma- nente para essa gestão. Quando se pensa na totalidade de colaboradores, isso é um problema. Embora haja um impacto menor para fins de booking de mesas com o smartphone pessoal, para fins de monitoramento de uso (taxa de ocupa- ção), há outra barreira que é a crescente inibição da Google e Apple com relação a processos de rastreamento de usuários. Uma alternativa seria a distribuição de badges, como beacons para cada indi- víduo, mas isso implica em um custo de implantação alto. No caso (2), a instalação de um sen- sor por mesa pode permitir um maior controle sobre a taxa de ocupação, ou mesmo, de identificação de usuário. Alguns exemplos de aplicação são: a instalação de dispositivos que leem o crachá do colaborador por aproximação (RFID) para fins de check-in/check-out, ou outros que são instalados embaixo de mesas para verificação de uso atra- vés de infravermelho. As desvantagens dessa alternativa estão no alto custo de implantação e manutenção, afinal será algo a ser instalado em cada mesa. Além disso, no caso de uso de dispositivos à bateria, há de se verificar o adicional de custo de infraestrutura de telecom, pois o uso de bluetooth, a fim de que a bate- ria consiga ter longevidade para tornar atraente umbaixo custo de manutenção, Um exemplo desse tipo de uso pode ser identificado nas figuras abaixo, tanto na sua aplicação para mesas, quanto para lockers. Após entender cada uma dessas alter- nativas, para que a gestão realmente fun- cione, a análise tem de ser completa, ou como se diz, o end2end. Isto inclui definir desde a escolha de tecnologia do que será aplicado àmesa emsi até a infraestrutura de telecomnecessária, bemcomo de ser- vidores/nuveme ainda de analytics. Esse conjunto precisa ser entendido e criticado, levando-se emconta os objetivos de cada empresa e as características de funciona- mento das tecnologias envolvidas. Umexemplode solução flexível, escalá- vel edebaixocustoéoDesk4Me (www.desk- 4me.io ). Esta solução adota tanto o uso de gadgets para fins de check-in semquehaja instalação individual emmesas, quanto o usodedispositivosdeprocessamento local de imagens para fins de taxa de ocupação. Alémdisso, consegue ser utilizada semuso de infraestrutura de telecom corporativa, o que reduz a necessidade de problemas com políticas de segurança estabelecidas pelaTI. Esta solução tambémaparece com um custo de uso bem menor, visto que é aderente a novos modelos de negócio ge- rados pelocrescimentode IoTnomercado de workspacemanagement. Flávio Pimentel (fpimentel@ciandt.com) , Head of Smart Workplace Experience, e Marcelo Junqueira (mjunqueira@ciandt.com) , Product & Operations Manager, da CI&T Fotos Divulgação 37 INFRA Outsourcing & Workplace

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