Revista Infra Maio/Junho 2019

134 INFRA Outsourcing & Workplace CONHEÇA O MODELO DE GESTÃO DE FM E SUPRIMENTOS INDIRETOS DO GRUPO AMIL “O Setor de saúde vem se profissio- nalizando nos últimos anos, mas quando comparamos com outros setores é possível identificar que ainda existe muito a evoluir na gestão de facilities, especialmen- te em engenharia e manutenção. Como a área está se consolidando, a gente se depara com um cenário onde muitos ativos apresentam instalações inadequadas, equipes pouco qualificadas, deficiência em indicadores, manutenções foçadas em corretivas sem plano para pre- ventivas ou preditivas. Na UHG, iniciamos em 2017 um programa de consolidação da en- genharia e manutenção com foco na melhoria contínua, melhores práticas, prevenção e elevação da disponibilidade dos ativos/equi- pamentos. Desde então evoluímos muito, temos melhor controle de custos e elevamos o nível de matu- ridade do nosso programa que tem um período de cinco anos”. Marcelo Leme, Diretor Executivo de Suprimentos, Facilities e Engenharia do UnitedHealth Group TERCEIRIZAÇÃO: PARTE DO SUCESSO DE FM ESTÁ NO MODELO DE CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS ESPECIALIZADOS “Na gestão dos serviços de Facili- ties, os empreendimentos do Gru- po NotreDame Intermédica tinham antes muitas equipes orgânicas para a execução de suas atividades. Pós 2015, passamos a inserir cin- co principais pontos, recursos adequados, pessoas qualificadas, processos bem definidos, e come- çamos a atrelar a tecnologia. Para isso, passamos a visualizar a impor- tância de terceirizar. E por que terceirizar? Umdos princi- pais pontos são os custos elevados em uma equipe própria, dificulda- de de gerenciamento e ganho de competitividade. Tudo isso demanda serviço e con- tratos muito bem formalizados. Para isso, foi fundamental criar uma área de formalização de con- tratos para estabelecer parcerias adequadas para ambos os lados. Além disso, ter escopos técnicos bem definidos para que os impre- vistos saiam com qualidade perfei- ta, conforme o contratado. Os contratos da NotreDame têm um modelo padrão, com questões muito claras e definidas, como: objetivos principais, prazos, níveis de qualidade de serviço, formas de medição e especificação, fatura- mento e pagamento, penalidades e bônus. Além do compliance, que traz credibilidade em todo o pro- cesso de Facilities.” Hermes Zanona, Gerente Corpora- tivo de Facilities e Logística no Grupo NotreDame Intermédica TECNOLOGIAS E FERRAMENTAS PARA A GESTÃO DOS PROCESSOS DE LIMPEZA “O serviço de facilities dentro dos hospitais ainda está longe de mu- dar totalmente e ainda temos mui- ta coisa para melhorar. No entanto, a gestão dos processos de higiene e limpeza hospitalar está passan- do por uma nova revolução com o uso de aplicativos e dispositivos móveis. Qualquer nova ferramen- ta é bem-vinda com o objetivo de melhorar a eficiência do processo e a segurança do paciente. O grande desafio dessas máquinas, todavia, é que existem uma série de obstáculos nos hospitais que elas vão contornar e não sabem que tem que voltar para fazer a limpeza. Então, grande parte dessa revolução em tecnologia depende da arquitetura hospitalar. E, não se pode esquecer, que a parte mais importante dos processos são as pessoas. Ainda assim, é importan- te que tenhamos em mente que o conceito de sustentabilidade am- biental tem de estar naturalmente enraizado em nosso dia a dia. A redução da pegada de carbono e a melhoria da qualidade de vida de nossos colaboradores têm uma importância primordial no nosso trabalho”. Domenico Caruso, Gerente de Operações do HCor Associação Beneficente Síria REESTRUTURAÇÃO DAS ÁREAS DE ARQUITETURA E OBRAS – CASE HOSPITAL SÃO CAMILO/SP “As unidades do Hospital São Cami- lo possuem ao todo um volume de 129 projetos, para uma equipe de 28 colaboradores internos. E como estruturar as áreas de arquitetura e obras para dar vasão a tantos pro- jetos e entregar tudo no prazo? Pri- meiro, temos a arquitetura, o início dos projetos, em que enfermeiros, médicos e o gestor da área falam de suas necessidades. Depois, te- mos as obras para executar o pro- jeto, e é o momento em que apa- recem os problemas, como prazos e contratações. Antes tudo era feito dentro do hos- pital em relação a projetos, mas o hospital não tinha vasão para isso. Então foram definidos papeis e res- ponsabilidades, o arquiteto interno passou a cuidar do projeto prelimi- nar junto ao cliente, e os escritórios externos de arquitetura continuam o projeto. Temos terceiros na parte de proje- tos e na parte de execução. Con- tratamos consultores de elétrica, de ar condicionado, de bombeiro, auditorias etc., que fazem a revisão dos projetos para ver se está dentro do padrão estabelecido, no tripé: prazo, custo e qualidade. Dentro desses três itens, temos alcançado qualidade, entregando um padrão muito bom de acabamento, insta- lações etc. Buscamos também criar uma uni- formização de arquitetura, uma identidade São Camilo, estabele- cendo padronização de acabamen- tos, marcenaria, sanitários etc.” Anderson Cremasco da Silva, Diretor de Operações Corporativo do Hospital São Camilo PALESTRAS Fotos Rafael Souza Almeida/Koi Films

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