Revista Infra Julho/Agosto 2019

116 INFRA Outsourcing & Workplace 5G: A EVOLUÇÃO DAS REDES MÓVEIS RUMO À NOVA GERAÇÃO DE TELEFONIA A tecnologia 5G, conhecida popu- larmente como a nova geração de redemóvel, tem causado grande expec- tativa pela promessa de inúmeros be- nefícios, sobretudo para o consumidor final, como velocidades para download e upload muito mais altas. Nos próximos anos, as operadoras se concentrarão inicialmente no for- necimento de banda larga móvel apri- morada sobre a infraestrutura dessa nova rede, com taxas de transferência que chegam a 20 Gbps por usuário, e estabelecerão as bases para futuros aprimoramentos, como grande núme- ro de dispositivos conectados à Inter- net das Coisas (em inglês Internet of Things – IoT), além da oferta de bene- fícios como conexões ultraconfiáveis e de latência ultrabaixa, que permitirão novas aplicações. Veremos a realização de coisas como automação da manu- fatura com base no 5G, a disseminação da infraestrutura para o uso de carros autônomos, além de muitas aplicações na área da saúde. Não temos dúvida de que o 5G será uma grande ferramenta para co- nectividade no mundo, tanto para os celulares, como para os dispositivos em geral, contemplando até mesmo as máquinas utilizadas na indústria. Inicialmente, há um interesse especial pela banda larga móvel, mas com o passar do tempo veremos novos ca- sos de uso, à medida que os padrões vão sendo desenvolvidos, a adoção de wireless fixo e o uso da tecnologia em termos industriais. Em matéria de infraestrutura, o roadmap para as grandes operadoras na América Latina deve começar pe- las redes macro/metro já existentes e, pouco a pouco, conforme neces- sitarmos de maior capacidade, pelo investimento na densificação da rede. Atualmente, iniciamos as adoções com uma implementação não stand alone (dual connectivity) ancorada em LTE. Conforme as redes se tornem mais maduras, veremos implementações stand alone com a disponibilização do core 5G. Com relação ao espectro, inicialmente veremos a adoção da ban- da de 3.5 GHZ e pouco a pouco serão utilizadas as bandas mais baixas para a cobertura de 5G, junto com as redes LTE, com dynamic spectrum sharing e tecnologias similares. Com relação ao cronograma de disponibilidade, há vários testes sendo feitos nos últimos anos pelas operadoras, mas a imple- mentação inicial em grandes cidades deve acontecer a partir de 2020. Já a adoção em larga escala deve ficar para 2021 e 2022. Para atingir os objetivos na área do 5G, processos como densificação, virtualização e otimização de redes convergentes são essenciais. Para for- * Pedro Torres é Diretor da CommScope para a Europa, América Central e América Latina, e Mestre em Engenharia de Telecomunicações pela Universidade Politécnica de Madrid. TECNOLOGIA | por Pedro Torres* Divulgação

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