Revista Infra Setembro/Outubro 2019

133 INFRA Outsourcing & Workplace SUSTENTABILIDADE | por Aline Chagas Arneiro* CERTIFICAÇÃO PARA PRÉDIOS HOTELEIROS EXISTENTES? A comunicação visual nos quartos pode ser um ótimo pontapé inicial. Placas que recomendam economia de água, troca de toalha somente quando necessário, e luzes que não estão sendo usadas sejamdesligadas, surtem efeito e com um custo baixíssimo. Chave em forma de cartão – que desliga toda a energia caso o hospede esqueça algo ligado – também ajuda. Além disso, alguns hotéis já fazem reúso da água dos lavatórios, de água da chuva e utilizam metais eficientes, promovendo assim economia do pre- cioso líquido. Há, também, a coleta seletiva, que incentiva o cliente e os funcionários a separarem os resíduos. Como se vê, opções não faltam. Mas alguns edifícios não se preo- cupam em conhecer a origem de seus gastos e, semessas informações, não há como propor soluções para resolver ou, pelo menos, minimizar o desperdício. Nesses casos, a certificação EB O&M auxilia o empreendedor a garantir um bom desempenho do prédio por meio do monitoramento de suas despesas, otimização energética, consumo de água, uso de fontes renováveis, ges- tão de resíduo, o que acaba gerando economia financeira e menos agressão ao meio ambiente. Esse é um investimento inicial que ao passar dos meses gerará retornos significativos para o empreendedor, ad- ministrador, colaborador, funcionários e hóspedes. Se cada pessoa, se cada edifício, disseminar essas boas práticas, todos podem ser reconhecidos comum selo, um certificado, mas vale lembrar que além disso, tem-se a possibilida- de de contribuir positivamente para o País em termos de mudanças sociais, ambientais e econômicas, gerando in- clusive lucro. Então, por que não investir para fa- zer o certo desde já, visto que somados – sem práticas sustentáveis, econômi- cas e otimizações – os custos com a gestão mais a manutenção ao longo do tempo, podem suplantar financei- ramente ao investimento que poderia ser feito para a obtenção da certificação LEED EB O&M. * Aline Chagas Arneiro é Engenheira Civil. Tem MBA em Gestão e Engenharia pelo Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (PECE/USP) e LEED-AP BD+C. Especialista em Sustentabilidade tendo participação em mais de 30 projetos de consultoria em Green Building no Brasil. Consultora de Sustentabilidade da CCS Engenharia Projetos e Execuções. alinearneiro@ccsengenharia.com.br H á tempos, discussões sobre meio ambiente e sustentabilidade se tor- naram quase obrigatórias no setor de construção civil. Causar omenor impac- to possível além de ser um diferencial, hoje é crucial para que um empreen- dimento saia do papel e seja sucesso. Omundo e as pessoas buscam cada vez mais priorizar o investimento em economia energética e reciclagem, sem abrir mão da qualidade de vida e, é cla- ro, do lucro. Se pensarmos em um hotel como exemplo, você acredita ser possível aliar conforto à economia estando dentro das certificações de sustentabilidade existentes? Para alguns a resposta será: Não! No entanto, muitos hotéis dividem comos hóspedes a responsabilidade de ter umespaço sustentável e confortável e, com isso, alcançamótimos resultados. Isso não significa que outras me- didas deixem de ser adotadas para evitar o desperdício. Gerenciamento dos resíduos, qualidade dos serviços prestados e manutenção dos sistemas também são parte fundamental desse ciclo sustentável que se forma. A certificação Leadership in Energy and Environmental Design – Existing Buildings – Operation and Maintenan- ce (LEED EB O&M) avalia exatamente essas questões de uso e manutenção dos edifícios aliadas ao bem-estar de seus hóspedes e colaboradores. Mas qual o primeiro passo para ser sustentável e conquistar um selo como o LEED? Divulgação

RkJQdWJsaXNoZXIy Mjk5NzE=