Revista Infra Setembro/Outubro 2019

MAS ENTÃO COMO FAZER? QUE PASSOS REALIZAR? O primeiro entendimento, como ocor- re em vários outros setores do mercado, é a importância da influência do item tecnologia na mudança deste cenário. Não dá para acreditar que os problemas tratados aqui conseguem ser resolvidos sem tecnologia. Mas tecnologia tem aos montes, e aplicada de diferentes formas e a diferentes preços. A recomendação primeira é de antes de chegar ao ponto de tratar de tecnologia, que se entenda exatamente o que deve ser resolvido, e no detalhe. E isso não é umprocesso de defi- nir a solução, mas de elucidar o problema e suas características. É nesse momento que vai se revelar, por exemplo, o que não adianta pedir para o colaborador fazer. E isso é fundamental pois esse é o tipo da informação que normalmente é a origem dos furos de determinadas escolhas. Um exemplo prático. A empresa faz um mega investimento na melhoria de automação das salas de reunião. Investe em iluminação, áudio e vídeo, ar-condi- cionado, vídeoconferência, entrega tudo isso, mas as pessoas reclamam de que sua oferta de salas está ruim. E isso não ocorre porque não se investiu bem no que está dentro da sala, mas porque não foi considerado como ocorre a interação para que as pessoas tenham a sua sala e nem se a sua oferta está dimensionada na dinâmica correta. Para começar a ver isso, basta perceber que o que está nas agendas não bate com o uso real, que tudo vira uma bagunça e todo aquele investimento caro, não é suficiente para o entendimento de que não se tomaram as ações corretas. Não é raro verificar que empresas coloquem tablets em portas de salas para tentar resolver todos os problemas, e só isso não resolve pelo Por Flávio Pimentel e Marcelo Junqueira simples motivo de que nem toda a ativi- dade necessária para manter o ambiente correto, será feita pelo colaborador, ou seja, pelo tablet. Emoutra ótica, a damobilidade inter- na, cada vez mais as empresas buscam reduzir custos de espaço e querem tirar mesas de escritórios, ou ainda juntar es- critórios reduzindo a área total existente. E não é comum se planilhar e estabelecer tabelas de dias/horários para o colabo- rador pode ir no escritório, enquanto em outros dias ele ficaria emhome office. Se por um lado se reduz a conta de custo do escritório, por outro se colocar em risco a de captação de receita. A razão disso é que movimentos de enrijecer o compor- tamento dos colaboradores normalmente degradam sua produtividade. E isto im- pacta diretamente na receita da empresa. É o barato que sai caro. Buscar flexibilizar os espaços demesas e criar alternativas é mais do que implantar espaços internos compartilhados ou de co-working. É impossível ver algum cenário de escritórios conseguir resolver os proble- mas de workspace management semum conjunto de tecnologias como IoT, mobile e analytics, desde que a aplicação destas tecnologias interfira no funcionamento da jornada de uso, e não apenas sirva para captar dados. E há muita gente ape- nas pensando na questão quantitativa, ou seja, de captar dados. Invista em entender melhor as solu- ções de workspace management, cujo design foi pensado na experiência do colaborador, e que atuem na causa raiz de problemas de comportamento. Flávio Pimentel (fpimentel@ciandt.com) , Head of Smart Workplace Experience, e Marcelo Junqueira (mjunqueira@ciandt.com) , Product & Operations Manager, da CI&T Divulgação uso, embora criem oportunidades de novas experiências pelo colaborador, e ampliem a oferta de espaço. E o motivo para isso não dar muito certo é que o entendimento da forma como o escritório é utilizado é particu- lar de cada empresa em vários detalhes relevantes. Mas esta demanda muda em poucos intervalos de tempo. E isso é cada vez mais real devido às dinâmicas do próprio mercado. Não dá para “jogar na conta da reforma” a solução para es- ses problemas ao longo do tempo. 21 INFRA Outsourcing & Workplace

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