Revista Infra Novembro/Dezembro 2019

nada é parte das responsabilidades dos facilities, parte das responsabilidades do RH, e parte da área de TI.” Esse conjunto pode prover a retenção de talentos para a sua organização, explicou Zamariola, desde que comece a prover um conjun- to de plataformas que vai expandir essa capacidade e essa experiência. OReal Estate e clientes: há espaço para Workspace Management nessa relação?, foi o tema discutido por Fernanda Rosa- lem , daPatria Investimentos. “A relaçãodo proprietário como inquilino ainda émuito distante”, é preciso desenvolver uma re- lação de longo prazo para reter aquele inquilino, explicou. “É preciso prestar mais atenção ao tipo de serviço oferecido, à experiência do usuário de estar naquele espaço. Fazer perguntas do tipo: ‘O que precisomelhorar para ficarmais agradável para o inquilino?’”, concluiu. Outra questão, segundo Robinson Silva , da GRI Club, é que não tem visto proprietários e investidores dialogarem sobre comomanter umportfólio saudável e rentável a longo prazo, considerando cinco ou dez anos. “Então, como pensar nesses novos produtos sem diálogo?”, questionou. “Há simomovimento a parte do inquilino pelo ciclo do mercado, mas não tenho enxergado uma abertura dos proprietários e investidores emconversar sobre visões do futuro.” Por fim, Carolina Kaysel , da Turner & Townsend iniciou a discussão sobre Gestão contínua emudanças incrementais do espaço. É possível? Quais os prós e con- tras? “Eu acredito que é possível promover umamudança contínua”, pontuou, mas é preciso ter um espaço flexível suficiente- mente para passar por essas mudanças. “Asmudanças contínuas sãomais seguras, pois você vai adaptando e tende a gerar menos riscos. Alémdisso, cria uma cultura dentro da empresa de aceite àmudança”, completou a Especialista. Para Marco Paim , da Atec Original De- sign, testar, implementar, medir e ajustar temde fazer parte do dia a dia. E concluiu, “O gestor de FM e de Real Estate tem de assumir o protagonismo do negócio e alinhar o time. Se o time não estiver ali- nhado, não vai conseguir implementar uma cultura de mudança”. uma entrega menor. “Como se mede sa- tisfação? Se você juntar alguns indicado- res de produtividade com Net Promoter Score (NPS), é possível ter um caminho.” Por isso, concluiu Ricco, cabe ao gestor de facilities obter e medir os dados. Na verdade, explicou LucianoBrunhe- rotto , da FacilityBR seagestãode Facilities é a segunda ou terceiramaior despesa da companhia, éporqueaprimeira sãoas pes- soas. E pontuou, “Oambiente de trabalho precisa se conectar comaquele públicode forma tãoperfeitaque ninguémqueira sair de lá. Oespaçode trabalhopode ser omo- tivo da atração e da retenção de talentos”. Para comentar sobre Tecnologia, as mudanças na corporação e nos gestores de workplace , Renata Assad , daMicrosoft compartilhou que o ambiente de trabalho hoje não é só na empresa. “Se vocês forem como eu, muito provavelmente, vocês acordamvendo e-mail, dormemvendo e- -mail, nós trabalhamos de vários lugares”. Quanto a essa nova realidade, Sérgio Za- mariola , da CI&T disse que muitas vezes até mesmo os gestores de TI ainda não estão conectados a esse ponto. “A jor- Thamiris da Costa Grinevald , Arquiteta da Enel Brasil “Trabalho na gerência de facilities e serviços gerais da Enel, uma empresa que cresceu muito em pouco tempo, e que precisa se organizar. En- tão, levamos para casa uma reflexão de como precisamos tratar o nosso espaço, para tentar se equiparar com o que está acontecendo no mercado. Por isso, achei muito legal a ideia da CI&T de desenvolver o tema em blocos, mostrando um pouco como cada disciplina gerencia ou deveria gerenciar o ambiente de trabalho.” Thais Trentin Lima , Diretora de Negócios da Workplace Arquitetura Corporativa “Vimos no evento que te- mos de desenvolver um olhar mais focado na tecnologia, em quais recursos devemos bus- car na gestão desses espaços, mas que acima de tudo, o olhar humano esteja evidente. Se a gente não projetar o foco nas pessoas, não criaremos uma conexão e um projeto asserti- vo, que alcance o maior resultado. Por isso, achei sensacional essa iniciativa da CI&T em fazer essa conexão, trazer conteúdo e discutir essas ideias.” Bruno Iglesias Borges Rodrigues , Coorde- nador de Melhorias e Integração de Serviços Prediais da Petrobras “Como reflexão é impor- tante notar que o evento trouxe que as mudanças a serem feitas não de- penderão exclusivamen- te das novas tecnologias. Se não mudarmos o processo, se não pensarmos nas pessoas, a tecnologia não conseguirá trans- formar e obter os ganhos necessários. É preciso estar conectado ao mercado, estar conectado a players similares, buscando um alinhamento em função da satisfação das pessoas, e não em modelo de negócio específico.” DEPOIMENTOS 31 INFRA Outsourcing & Workplace

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