Revista Infra Novembro/Dezembro 2019

por Érica Marcondes Divulgação Regus pela equipe e fizemos tudo com muito carinho, pensando em cada detalhe. Eu tenho estudado neurociência há alguns anos, e eu sei quemulher é detalhista, que ela vai gostar, por exemplo, de um am- biente com flores. Ter um lugar onde as mulheres possamse sentir confortáveis, à vontade, onde possam fazer networking, e onde elas possamganhar dinheiro, fazer negócios e prosperar, eu acho incrível. Qual foi o impacto desse projeto na Regus? Tiago Alves: Veja, 82%dos meus fun- cionários, no Brasil, são mulheres. Nós vivemos o protagonismo feminino todos os dias. E conversando comnossos clien- tes, descobrimos uma escola de liderança feminina que fica na Regus, na unidade da Paulista. Hoje essa escola treina todas as minhas funcionárias para o empo- deramento feminino, autoconfiança. E tem muitos clientes que gostam deste approach e acabam levando para dentro de suas empresas também. O coworking feminino não é para separar, mas sim para unir. É possível fazer inclusão social dentro dos coworkings? Tiago Alves: O papel do coworking é diverso e incluso por natureza. Todos os espaços, principalmente os nossos, levam em consideração tudo o que a lei pede em termos de inclusão, adaptação para portadores de deficiência etc. Só que não dá para parar aí e dizer que esse é o nosso legado e é até aqui que nós vamos. Então pensamos como os nossos ambientes compartilhados poderiam ser uma solução de mobilidade para pessoas com deficiência. Por exemplo, se uma empresa tem um escritório na Vila Olímpia, e de 1000 funcionários, 30 são portadores de alguma deficiência, mesmo que o escritório seja adaptado, essas pessoas precisam se mobilizar até lá. E umdos principais fatores que levam as pessoas com deficiência a saírem das empresas é a questão damobilidade. En- tão, se a empresa tiver espaços flexíveis mais próximos de onde essas pessoas com deficiência estão, ela consegue di- minuir o tempo de mobilidade e entre- gar a mesma experiência corporativa de trabalho, que muitas vezes é até melhor, dependendo do nível de estrutura que a companhia tiver. De que maneira vocês conseguem envolver outros clientes? Tiago Alves: Nós começamos a levan- tar essa bandeira e fizemos uma parceria com uma empresa chamada iiGual, que capacita pessoas com deficiência para a inclusão no mercado de trabalho. Trou- xemos vários programas bacanas para os nossos clientes. Se eles quiserem con- tratar pessoas portadoras de deficiência, contam com o serviço da iiGual a um custo menor. E a gente sabe que é difícil encontrar mão-de-obra nesse mercado. Por outro lado, a pessoa portadora de deficiência que usar nossos espaços terá um desconto, porque queremos incenti- var a inclusão social cada vez mais nos espaços colaborativos, além de mostrar que não existe deficiência que limite a ca- pacidade das pessoas. Nós, por exemplo, temos emnosso quadro de funcionários, deficientes visuais que trabalham na re- cepção, quebrando tabus. Isso é para mostrar aos nossos clientes e visitantes que é possível sim ter pessoas portado- ras de deficiência executando qualquer tipo de atividade dentro das empresas. E nós temos recebido um feedback muito positivo e é onde conseguimos criar um ecossistema de inclusão social. CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA: HTTPS://BIT.LY/2RPU4YY 37 INFRA Outsourcing & Workplace

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