Revista Infra - Maio / Junho 2020

55 INFRA Outsourcing & Workplace presidente dos EUA nos falou mais ou menos assim; olha gente é preciso preparar nossas infraestruturas para uma catástrofe viral. 4. O papa Francis- co que busca conectar a nova roupa- gem da igreja vendendo terços digitais, forçando políticos a terminarem com suas guerras, mirando no auxílio aos pobres e no perigo sobre a extinção dos recursos naturais. 5. O israelense Yuval Noah Harari através de seus li- vros: Sapiens: Uma breve história da humanidade, Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã, 21 Lições para o Século 21. Enfim, fizemos e fazemos ouvidos moucos. Hoje, diante dessas irregularidades que não nos deixam retornar à situa- ção de “normalidade” de nosso velho e conhecido salão, muitos acreditam e morreram ou morrerão acreditando que a situação anterior, o “normal” re- tornará, pobres seres humanos. Outros começam a olhar para a pequena porta que adentramos para chegar nesse sa- lão e entabulam como passar por ela, agora, adultos e maiores. Trata-se da porta para o paraíso? Não, o paraíso ou o inferno, seja lá o que nos aguarda está a alguns milênios de nós. Essa porta nos levará a umnovo modo de convívio, uma melhora no contorno dos problemas das desigual- dades, ao progresso sem esquecermos de sermos humanos. A verdade que poucos enxergam essa porta, muitos morrerão pensando no passado, outros estarão tão gordos que não consegui- rão passar. Para passar por essa porta haverá necessidade de foco, um novo foco, um foco desconstruído do atual, um foco que nos possibilitará ficar em um novo salão por muitos anos sob uma nova regência social. Estamos aqui nos dirigindo aos seres humanos? Sim. Somente aos seres humanos? Não. A economia e o modus operandi das empresas irão tragar diversos vetores de mudança e aquelas que resistirem sucumbirão. O livre arbítrio pertence ao ser humano. E, se não mudarmos? Bem, neste caso será conveniente se acos- tumar a viver numa montanha russa e se acostumar com perdas constantes provavelmente num caminho agonian- te até a extinção da raça humana. E a economia? Conforme o tempo vai passando vamos receber notícias das agências e órgãos credenciados nos fornecendo números declinantes ou mesmo desesperantes comparados coma nossa própria performance atual. Serão números dramáticos e não serão privilégio de uma única nação, pas- sando pelos empregos, turismo até a reconfiguração do G7. As pessoas trabalham e guardam certas reservas (quando podem) para horas duras de necessidade, exemplo, uma cirurgia de grande porte cujo custo pode desestruturar uma família. Consi- derando a mesma cirurgia tanto para aquele que não se preparou como para aquele que se preparou financeiramen- te, o pós-cirurgia será diferente para essas duas pessoas do ponto de vista financeiro. O Brasil é um país cujos go- vernantes miram o próprio umbigo, as- sim, as consequências financeiras por conta da atual pandemia será muito negativa e irá nos afetar em maiores proporções se nos compararmos com outros países mais aprontados. O Brasil mal consegue ajudar sua população vulnerável mesmo destroçando o equi- líbrio fiscal que vinha sendo costurado, milhões estão na informalidade e nem possuem cadastro em órgãos oficiais, somos o país da “ninguenzada”. Pois é, é preciso pensar no pós-cri- se, num novo modelo e não no retorno ao “normal”’. O que queremos como sociedade brasileira e mundial? É fácil perceber que o mundo político mira numa direção e o mundo da ciência em outro, que se juntam quando interesses muito particulares coincidem. Então, a política deve seguir a ciên- cia? Não sei, seguir cegamente a ciência pode também nos destruir economica- mente e nos matar. Então, qual a so- lução? Nem um, nem outro, um novo modelo, uma nova passagem, a porta que abandonamos um dia e vamos ter que passar por ela. Sim, muitos terão que emagrecer, diminuir de tamanho, mudar o foco. Particularmente gosto de uma expres- são utilizada pelo já falecido C. K. Pra- halad, a pessoa velcro, ou o funcionário velcro. O velcro é aquele sistema de fixação a partir de dois tecidos. O velcro os une por um tempo determinado, ou seja, depois de um tempo ou quando nos convém podemos desgrudar as partes e tonar a grudá-las. Um colabo- rador poderá trabalhar num projeto e depois em outro, ou receber uma mis- são e depois outra missão sem se fixar a um departamento ou área de negócio. Então, fatie sua empresa, olhe para cada parte buscando melhorá-la sem perder o todo de vista. Olhe atenta- mente para o comercial, a venda é o combustível da empresa e esse time com certeza precisa ser readequado (reframed).

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