Revista Infra - Abr-Mai-Jun 2021

32 | InfraFM Hospital Moinhos de Vento A gestão do Hospital Moinhos de Vento é orien- tada pelos princípios e práticas da governan- ça corporativa, sempre com o propósito de garantir a transparência e o alinhamento das ações e das estratégias à missão, à visão e aos valores da Instituição. Considerado como um dos cinco hospitais de excelência do Brasil, tem o cuidado centrado no paciente e valor baseado em desfechos clínicos são algumas das premissas que norteiam o trabalho da instituição, desde a sua inauguração em 2 de outubro de 1927. Hoje, os va- lores, práticas médicas, assistenciais e de gestão ultrapas- sam fronteiras, são referência nacional e internacional, sendo inclusive pioneiros no acordo histórico de afiliação com a Johns Hopkins Medicine International (JHI). Maior desafio durante a pandemia A rotina de gestão deste “novo normal” das áreas de backoffice no meio da crise, tem sido desafiadora para as equipes de apoio. Ações coordenadas entre as mais diver- sas áreas, estabelecimento de comitês de enfrentamento à crise e rotinas diárias de reuniões, similares aos modelos de S & OP da indústria, são o segredo do sucesso desde o iní- cio da Covid. A velocidade na tomada de decisões, o tempo de reação acelerado para mudar conceitos de coberturas de estoques, a adoção de novas padronizações, alternância Fachada do hospital Moinhos de Vento em Porto Alegre/RS PERFIL Evandro Luis Moraes Evandro Luis Moraes, Superintendência Administrativa do Hospital Moinhos de Vento de compras de itens importados para itens nacionais e vice- versa, relacionamentos no conceito win-win com a rede de fornecedores e principalmente o foco com dedicação inte- gral desde a alta direção até a base da operação, são sem dúvida, destaque e motivo de reconhecimento. Um exemplo de ruptura e que parecia inconcebível para todo o mercado comprador, foi a completa suspen- são dos embarques de insumos descartáveis oriundos da China, país foco inicial da pandemia em 2020. De repen- te o mundo havia mudado bruscamente e todo um mer- cado dominante e abastecedor estava fechado. O que fazer? Como se posicionar num mercado nacional hiper demandado, inflacionado e nada altruísta? Foram tempos difíceis, de queima dos estoques de segurança, preços exorbitantes praticados que muitas vezes beiravam o cri- me e principalmente da busca criativa de alternativas com valores justos no mercado interno. Hoje vivemos em nosso estado uma segunda e ainda mais feroz onda da pandemia. A atenção às recomendações das organizações de saúde quanto ao isolamento, distancia- mento social e higiene são mandatórias, necessárias e vitais para a contenção da doença. As novas variantes são uma difícil realidade a ser combatida, levando as estruturas hos- pitalares ao seu limite extremo de execução e porque não dizer, de exaustão. Essa superlotação remete ao um consu- mo absurdo de insumos e serviços sem precedentes, crian-

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