Revista Infra - Abr-Mai-Jun 2021

64 | InfraFM impedindo que o ar das salas se espalhe para ambientes adjacentes como corredores, halls, espaços vizinhos e principalmente áreas de pacientes não infectados com Covid e que seja descartado a 3 metros da fachada mais alta do edifício acoplado a um filtro HEPA para garantir que não descarte o contaminante para atmosfera. Já ambientes que possuem pressão positiva são para pessoas que estão imunocomprometidas e que não podem ter contato com o ar vizinho, ou seja, um paciente que acabou de passar por um transplante de medula óssea em sua recuperação está com a imunidade praticamente reduzida a zero. Portanto, é criado um ambiente de proteção a este paciente, pois caso tenha um contato com o vírus Sars-CoV-2 ou quaisquer outros fungos e bactéria, esse paciente possivelmente pode vir a óbito. Para isso, é criado um sistema que capta o ar externamente, passa por um filtro HEPA e é insuflado para dentro do ambiente, fazendo com que a pressão interna seja maior do que as pressões adjacentes, forçando a saída do ar por portas, janelas e frestas existentes. Nos dois casos mencionados de ambientes com pressão controlada, deve-se ter um acompanhamento contínuo da equipe de manutenção e da área assistencial, que lá estão nos seus postos de enfermagem, em relação ao valor da pressão do leito pois, em caso de uma parada de um equipamento ou até mesmo uma outra falha, pode-se resultar na reversão de pressão do ambiente, ou seja, o ambiente que estaria protegendo o paciente pode se tornar ofensivo sendo que o leito se tornando negativo pegará toda a impureza do corredor e levará para dentro do leito quando um leito de covid ao invés de exaurir o ar contaminado pode simplesmente se tornar positivo e jogar esse ar no corredor e nas pessoas que por lá circulam. Nestes casos, como alternativas de gerenciar esses riscos, são utilizados sistemas mais simples de monitoramento que são fixados na entrada do ambiente até sistemas de automação que monitoram 24h os ambientes e avisam em caso de falha no software do programa e até por SMS. Com a pandemia, outras tecnologias que buscam a desinfecção do ar ganharam notoriedade como a adoção de lâmpadas UV-C, porém, lembramos que adotar de forma exclusiva essas soluções até o momento não têm sido comprovadamente suficientes e sim complementares. Hospitais que adotam tecnologias desse tipo costumam ter projetos de sistemas de HVAC de alta complexidade e, por exemplo, a lâmpada UV-C está associada ao uso de filtros especiais em baterias, alta taxa de renovação de ar, sendo a lâmpada UV-C um adendo e nunca a principal fonte de descontaminação dos espaços, assim como outras tecnologias disponíveis. Por último, um ponto fundamental e nem sempre cuidado com a devida atenção é a manutenção preventiva e corretiva adequada dos sistemas de Ar-Condicionado. Como já explicado neste artigo, de nada adianta a correta implantação pois o sistema de climatização está vivo como o hospital e, se não for tratado adequadamente, pode ficar doente e vir a morrer. É fundamental a contratação de pessoas especializadas que desenvolvam um PMOC adequado e que adotem as diretrizes e normas estabelecidas pelas normas e boas práticas de engenharia. O gerenciamento adequado do sistema de HVAC com empresas especializadas possibilita não apenas o bom funcionamento, economia de energia e maior vida útil , mas também redução de custos commanutenções corretivas inesperadas que costumam ser mais onerosas e segurança a saúde das edificações e dos ocupantes, favorecendo a qualidade do ar interior, assunto que ganhou tanto destaque em função do momento que estamos passando, mas que será uma herança positiva de todo esse período difícil que vivemos. Empresas associadas a SMACNA são referência no setor e estão sempre à disposição para contribuir com o mercado, garantindo bom atendimento e qualidade nas ações adotadas, sempre com segurança e conhecimento sólido. www.smacna.org.br CLIMATIZAÇÃO

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