Revista Infra / set-out 2023

38 | InfraFM Aplicação de Conceito ESG para Facility Management Hospitalar Cintia Attis , Executiva de Engenharia, Manutenção e Facilities da BP enfatiza a necessidade urgente de sustentabilidade no setor de saúde, dada a sua grande escala e impacto no meio ambiente. Apesar dos desafios significativos, como a gestão de resíduos, consumo de energia e uso de gases, ela argumenta que é crucial repensar as operações, ampliar a governança e adotar práticas sustentáveis para garantir a perenidade do setor de saúde. Além disso, destaca a importância de abordar essas questões não apenas para a sustentabilidade das operações, mas também para o bem-estar da sociedade e do planeta como um todo. A BP, um grande hospital, possui um vasto patrimônio verde e está focada em impactar positivamente os serviços de facilities. A questão ambiental é uma prioridade, e a energia elétrica é essencial para várias operações sendo um tema importante. A BP realizou uma mudança significativa na cadeia de consumo e fornecimento de energia, resultando em operações mais limpas, menor desperdício, previsibilidade de gastos e uma economia significativa, como a compra de energia incentivada de fontes renováveis. Embora essa seja uma mudança importante para o ESG, ainda há desafios ambientais a serem enfrentados, como a questão dos efluentes no hospital. Ressalta a necessidade de controle da qualidade e consumo de água e energia elétrica, especialmente a partir de fontes renováveis, nos hospitais, bem como gerenciar as emissões de gases poluentes e melhorar o gerenciamento de resíduos gerados durante os procedimentos médicos. Por fim, fala da necessidade de inclusão e responsabilidade social, citando o exemplo do BP, que é um hospital filantrópico que realiza atendimentos pelo SUS e tem vários projetos sociais em andamento em todo o Brasil. Automação Aplicada à Eficiência Energética dos Sistemas Térmicos e Mecânicos em Hospitais Marcelo De Resende Matta , Diretor Geral da Tecal Engenharia, e Valdiney Leandro Dos Reis , Engenheiro de Infraestrutura da Rede D’Or discutiram a automação aplicada à eficiência energética dos sistemas térmicos e mecânicos em hospitais, focando principalmente nos sistemas de ar condicionado. Eles explicaram como o consumo de energia é dividido em três partes: produção, transporte e consumo de água gelada necessária para refrigerar os ambientes. A eficiência energética deve ser considerada desde o projeto, pois um projeto não eficiente não pode ser corrigido apenas com automação. Eles também discutiram a importância de considerar a carga térmica, que varia ao longo do dia e entre os diferentes ambientes do hospital. A termoacumulação em água foi apresentada como uma estratégia para reduzir a capacidade necessária das máquinas e, consequentemente, os custos. Enfatizaram a necessidade de sistemas de backup em áreas críticas do hospital, como centros cirúrgicos e UTIs. É necessário garantir a eficiência energética desde a contratação do projeto até a instalação e operação dos equipamentos, sendo essencial que os contratados garantam a eficiência prometida, pois isso impacta diretamente no consumo de energia, e consequentemente, nos custos. É recomendado contratar a mesma empresa de projeto para o acompanhamento de toda a execução, evitando assim, desvios de responsabilidade entre projeto, instalação e automação. RETROSPECTIVA

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