Revista Infra / Nov-Dez 2022

50 | InfraFM São muitos anos trabalhando com times totalmente distintos, únicos e de diferentes níveis em muitos dos países da América Latina. Inicialmente, além de skills de gerenciamento pessoal e remoto, se faz necessária uma mentalidade totalmente aberta para entender cada cultura e respeitar cada indivíduo como este se apresenta. Muitos países têm questões, requisições e leis locais que não se refletem na grande maioria das vezes. Isso se dá pela própria maneira de seu surgimento, sua geografia única, características da população e questões culturais que podem variar desde seu idioma, passando pela música, literatura, arte, gastronomia, política, sociedade e, finalmente, sua história. A América Latina tem como característica, países em desenvolvimento constante, onde se pode encontrar uma riqueza cultural tremendamente importante e diferente entre um país e outro. Com isso dito, sendo brasileiro, falando português, com a cultura que temos, como seria gerenciar times em todos esses países? Não é tarefa fácil. O primeiro passo é se estabelecer profissionalmente, buscando todos os skills gerenciais para poder estar apto a resolver questões a distância. A pandemia trouxe esse desenvolvimento a quase todos os gerentes, mas não podemos nos esquecer que também gerenciamos edificações, e apenas fisicamente se pode avaliar se estão em boas condições ou qual o status de algum projeto em desenvolvimento. Se não podemos estar em todos os lugares e se não temos budget para viagens constantes, qual seria a saída? Montar o melhor time de FM localmente em cada país. Eles serão seus olhos e boca (atualmente teclado) e devem estar cientes que todos os problemas, assim como execuções, devem ser comunicados de imediato. Não se deve esperar que os problemas se tornem grandes demais para serem comunicados e a partir daí desenvolver algum plano de ação que poderia ser mais simples e menos urgente que antes. Devemos entender que teremos diferentes times em cada país, com tempos de resolução distintos e com backgrounds únicos. Temos algumas diferenças culturais, mas respeito é sempre bem-vindo. Da mesma forma que brasileiros não gostam de ouvir que Buenos Aires é nossa capital ou que nossa língua seria o Espanhol, devemos entender que Colombianos não gostam de ouvir que seu país seja chamado de “Columbia”, ou como tratam a origem do drink “Pisco Sour” entre Peru e Chile. Respeito é importante e é admirado por todos. Ter comunicação frequente com o time, se possível em diferentes níveis. Essa aproximação faz com que se possa ter na fonte, diferentes percepções que possam não vir do FM e ter uma visão mais estratégica e próxima do site. Isso também prepara o manager para que possa desenvolver seus skills considerando outros níveis de seu pessoal, assim como contato com provedores. Claramente para se ter esse contato mais abrangente, com distintas estruturas e terceiros, se faz necessário o conhecimento da língua espanhola. Obviamente se pode ter um esforço de ambas as partes para que a comunicação seja feita de maneira mais direta e improvisada, mas ter o idioma Espanhol fluente é algo que se mostra essencial para uma função como essa, assim como o Inglês para o lado corporativo. Estabelecer calls e vídeos chamadas frequentes é uma sugestão que proponho na relação próxima com as equipes. Não apenas chamadas de projetos em andamento, mas sim de revisão de toda a operação. Sugiro contato próximo com os FMers para que tratem de gerenciamento mais high level dos projetos e operações e calls frequentes com a equipe, abrindo espaço para que todos possam se manifestar e mostrar suas atividades. FM LATAM Por Emerson Smith (*) Gerenciamento de fm latam

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