Revista Infra / set-out 2023

InfraFM | 51 Vamos pensar na saúde mental dos colaboradores também. Durante a pandemia, muitos sofreram com o isolamento, com a falta de interação face a face, e isso impactou na saúde mental de muitos. O trabalho híbrido vem para amenizar isso, permitindo que os funcionários tenham interações pessoais, mas também mantenham sua autonomia e flexibilidade. Entretanto, não podemos esquecer dos desafios. É crucial que as empresas invistam em tecnologias que garantam a segurança da informação e comunicação eficaz entre as equipes. Também é fundamental capacitar líderes para gerenciar equipes remotas e híbridas, entendendo que cada colaborador tem uma realidade e necessidades diferentes. O trabalho híbrido não é uma tendência passageira, mas sim uma revolução na forma como enxergamos e realizamos o trabalho. É uma resposta à evolução tecnológica, às necessidades dos profissionais modernos e à busca por um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional. E, como tudo na vida, requer adaptação, aprendizado contínuo e, acima de tudo, empatia. Trabalhando enquanto aproveita a cidade. A ideia de Workations é combinar o útil ao agradável, transformando o ambiente de trabalho em um espaço de descanso e inspiração. Outro ponto é o ‘Life Time Learning’, a aprendizagem ao longo da vida. As empresas estão começando a perceber que as habilidades que você tem hoje não serão necessariamente as que você vai precisar amanhã. Então, tem uma tendência forte das empresas investirem na formação contínua dos seus colaboradores. No conceito de ‘Gig Economy’, a ideia é que as pessoas não terão mais um trabalho fixo. Elas terão vários ‘gigs’, ou seja, pequenos trabalhos que vão se somando e formando sua renda. Isso já está acontecendo em muitas indústrias, e com a tecnologia, isso só tende a crescer. A digitalização dos processos também é uma tendência. Antes, a gente tinha que assinar um contrato em papel, levar para a empresa, digitalizar... agora, tudo é feito de forma online, facilitando a vida de todos. E, por fim, a ideia de saúde mental. As empresas estão percebendo que não basta ter um colaborador saudável fisicamente. Ele também precisa estar bem mentalmente para produzir. Então, programas de bem-estar e saúde mental estão se tornando cada vez mais comuns nas empresas. Resumindo, o futuro do trabalho é flexível, digital e centrado no bem-estar do colaborador. E as empresas que não se adaptarem a essa nova realidade correm o risco de ficar para trás. Portanto, é essencial estar sempre atualizado e aberto às novas tendências. Ele trabalha por quatro horas e passa o resto do dia passeando — e está tudo bem. O supervisor está ciente disso. Essa flexibilidade está se tornando uma tendência no Brasil, especialmente entre os trabalhadores gig. Em breve, profissionais contratados por aplicativos estarão em nossos escritórios. Há até startups estrangeiras oferecendo serviços administrativos sob demanda através de aplicativos. O trabalho híbrido trouxe uma nova perspectiva para as contratações. Por exemplo, em 2019, estava considerando contratar alguém de Jundiaí, mas estava preocupado com o tempo de deslocamento diário para São Paulo. No entanto, com o trabalho remoto, essa não seria mais uma preocupação, pois essa pessoa poderia trabalhar em casa parte da semana. Estamos entrando na era do Metaverso, um local onde as reuniões digitais ocorrerão com avatares. Precisaremos de novos cargos, como gerentes para garantir a adequação desses avatares. Muitos pensavam que a automação levaria nossos empregos, mas a real revolução é a flexibilidade. A definição de sucesso está mudando. Antes, era sobre salário e posição. Agora, consideramos bem-estar, equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e o impacto social da empresa. As empresas precisam oferecer mais do que apenas salário: benefícios, flexibilidade e um ambiente saudável. E elas também estão considerando a geografia na hora de contratar, já que o custo de vida varia.

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