Page 34 - marco 2012

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34
INFRA
Facility
|
Property
Vale a pena lembrar!
Quando surgiu a automação predial?
Há várias décadas já existe algum tipo
de controle nos edifícios. Inicialmente, fo-
ram desenvolvidos controles específicos,
isolados, para cada uma das utilidades
instaladas. Por exemplo, os controles de
temperatura dos condicionadores de ar, os
controles das máquinas de refrigeração e
aquecimento, e os controles dos elevadores.
Também os sistemas de segurança, particu-
larmente os de detecção e alarme de incên-
dio, são bastante antigos. Com o advento
da microinformática, na década de 80,
viabilizou-se a integração entre as diversas
funções de supervisão, controle e seguran-
ça em um edifício. Os controladores espe-
cíficos passaram a ser microprocessados e,
através de meios de comunicação de dados,
foram integrados a estações centralizadas
de operação e supervisão. No Brasil, a au-
tomação predial ganhou força a partir do
início da década de 90. Atualmente todos
os novos edifícios comerciais de grande
porte já são construídos com sistemas inte-
grados de automação.
Que funções realizam esses sistemas?
É possível dividir as funções de um sis-
tema de automação predial em dois grandes
grupos: subsistemas de supervisão e con-
trole das utilidades, que realizam o controle
das instalações elétricas, de refrigeração e
aquecimento, de instalações hidráulicas, de
gás e controle dos transportes verticais; e
subsistemas de segurança, ou seja, de pro-
teção contra incêndio, contra intrusão e a
monitoração visual centralizada.
Por que implantar sistemas
de automação predial?
Conforto
– é sabido que a produtividade
dos trabalhadores está fortemente relaciona-
da com seu bem-estar no local de trabalho.
Segurança
– Os sistemas eletrônicos de
segurança garantem elevado padrão de
proteção aos usuários do edifício e dimi-
nuem os riscos de danos ao patrimônio e
acessos indevidos a informações sigilosas.
Entretanto, os sistemas eletrônicos de
pouco valem sem o estabelecimento de um
conjunto adequado de procedimentos e do
treinamento correto das equipes de segu-
rança e dos próprios usuários do edifício.
Energia
– Otimização do uso das ins-
talações de refrigeração e aquecimento,
controles adequados da rede elétrica e es-
calonamento adequado das operações das
utilidades são fatores importantes na redu-
ção do consumo e na demanda de energia.
Recursos humanos
– Da mesma forma
que na indústria, a centralização da su-
pervisão e do comando das instalações em
um único local, utilizando-se tecnologia da
informação, tem o efeito de reduzir a equi-
pe necessária para operação, segurança e
manutenção. Por outro lado, é claro que
os profissionais que operam em tais con-
dições devem ter uma capacitação mais
elevada, com treinamento e conhecimento
mais abrangentes e boa visão do conjunto
de elementos que compõe o edifício.
Disponibilidade e vida útil das insta-
lações
– A rapidez com que as informações
sobre as condições das instalações são apre-
sentadas aos operadores permite agilizar as
ações de manutenção que, por sua vez, são
tornadas mais eficientes pelo uso de softwares
de apoio. Dessa forma, consegue-se minimi-
zar os tempos de parada por falha e melhorar
o estado de conservação dos equipamentos.
Fonte: Nexis
equipamentos e na melhora das eficiên-
cias térmica e energética do prédio, to-
talizando um total de US$ 500 milhões
de gastos. Assim, obtiveram médias
de redução de consumo em energia de
mais de 38%, trazendo uma economia
anual de US$ 4,4 milhões, além de ob-
ter a certificação LEED® Gold para
Edifícios Existentes, colocando o em-
preendimento de volta neste mercado
competitivo nos EUA.
Resumindo, com a evolução e sofis-
ticação de sistemas e equipamentos para
automação, os custos dos projetos foram
se tornando maiores, com elevação aci-
ma da inflação. Mas outro fator parece
ter maior influência, segundo Bettoni:
“Como na maioria dos segmentos eco-
nômicos brasileiros, a área de projetos e
de gerenciamento de automação predial
também registrou aumento nos custos
operacionais, influenciados principalmen-
te pelo encarecimento da mão de obra”.
Para se calcular os custos de um projeto,
a equação é simples: vulto do empreen-
dimento x complexidade”, explica. A au-
tomação bem executada é cada dia mais
importante para o bom funcionamento
dos edifícios e, se forem bem trabalhadas
e administradas, tornam-se peças fun-
damentais na gestão de água e energia,
além de auxiliar na redução dos gastos
com os empreendimentos.