Page 107 - abril 2012

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INFRA
Facility
|
Property
 Até hoje penso
no esforço que os
homens tiveram
para carregar o
imenso painel 
de um facility manager envolve ques-
tões inusitadas – e até engraçadas –,
principalmente se o profissional for
alguém que leva as coisas com muita
responsabilidade, não se importando
com o tamanho do problema, pois seu
foco é o bem-estar de seus “clientes”.
É um desafio diário, como um se-
gundo caso que Rosemeire cita neste
case
. Com um orçamento bastante
apertado, ela tinha a tarefa de modi-
ficar em apenas um mês uma sala de
reuniões em uma sala de videoconfe-
rência. A empresa iria receber o CEO
Global e a sala deveria estar pronta
para tal evento. Foi preciso alterar
toda a estrutura da sala, do teto ao
piso, pois a acústica era muito ruim,
segundo ela.
A primeira fase do projeto foi verifi-
car qual era a expectativa do presiden-
te, qual seria o público que utilizaria a
sala, quantas pessoas e quais os apare-
lhos de tecnologia seriam necessários
– não só neste caso, mas também para
as reuniões rotineiras da diretoria.
“Após este passo, chamei uma ar-
quiteta que já trabalhava com a em-
presa e conhecia todos os problemas
de infraestrutura do prédio. Com o
escopo em mãos e várias submis-
sões ao departamento responsável,
o projeto e a verba foram aprovados,
sobrando apenas duas semanas para
contratar os fornecedores e executar
a obra”, conta ela.
A parte de construção civil foi a
primeira a ser executada. Enquanto o
marceneiro providenciava toda a mo-
bília, os equipamentos tecnológicos
eram encomendados. “Toda a obra foi
executada à noite. O dia servia para as
tarefas normais do expediente e para
resolver eventuais problemas que pu-
dessem parar a obra”, explica a gesto-
ra. E eles aconteceram…
O maior obstáculo, segundo ela,
foi com relação ao serviço de marce-
naria. Como o marceneiro confundiu
o tamanho do elevador de carga e
descarga com o de outro prédio (que
era bem maior), o painel que havíamos
encomendado não pôde subir pela ca-
bine, tendo de ser carregado 34 anda-
res acima. “Até hoje penso no esforço
que os homens tiveram para carregar
o imenso painel...”, lamenta.
Além disso, para melhor visuali-
zação na videoconferência, o forne-
cedor recomendou que a mesa tinha
que ser escura e isso sairia do padrão
da empresa, cujo mobiliário é todo
claro. “Apostei na recomendação do
fornecedor e da arquiteta, assumin-
do a quebra de paradigmas. Então,
a mesa ficou num tom escuro, com
as cadeiras em preto. No fim, a obra
foi entregue no prazo determinado
e com muitos elogios, principalmen-
te do presidente, que adorou a mesa
escura. Tudo isso foi possível pelo
comprometimento, responsabilidade
e parceria dos fornecedores que se
dedicaram diariamente com a exe-
cução da obra. Sem eles eu não teria
conseguido”, finaliza.