Page 80 - maio 2012

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Artigo Internacional
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INFRA
Outsourcing &Workplace
entendam por qual motivo estamos propondo
esta mudança, e que tornem seu o discurso.
Começaremos com entrevistas individuais
com as diferentes autoridades médias (
mana-
gers
ou chefes) para compreender a dinâmica
de trabalho de suas equipes. Não faça pergun-
tas diretas do tipo: Quantas pessoas de sua
equipe são (ou podem ser) trabalhadores fle-
xíveis? Ou: estão satisfeitos com o ambiente
atual? Já que seguramente nos dirão que ne-
nhum, mas que todos os membros da equipe
devem estar no escritório todo o tempo, etc.
Em vez disso, concentre-se em outros tipos de
perguntas que lhe permitam entender melhor a
dinâmica do trabalho:
- Qual % de tempo nos dedicamos a trabalhar
em equipe versus a trabalhar individualmente?
- As reuniões são programadas ou espontâne-
as? Em que % aproximadamente?
- Quanto tempo são dedicados a realizar traba-
lho individual?
- Conhece exemplos de outros escritórios? Al-
gum elemento que tenha gostado especialmen-
te de seu escritório atual ou de algum outro?
Você observará que novamente recomendo
realizar reuniões individuais, tanto com os dire-
tores como com as autoridades médias. Existe
uma razão: controlar o indivíduo em caso de
“rejeição” de uma ideia é muito mais simples,
já que em grupo, se algum outro membro com-
partilhar da mesma sensação, o mesmo se tor-
nará muito mais forte e será muito mais difícil
controlá-lo. Uma vez que conhecemos bem
as pessoas e identificamos nossos “agentes da
mudança” (aqueles que são positivos diante da
ideia) devemos procurar potencializar sua influ-
ência no grupo.
Pessoalmente, quando tinha a oportunida-
de de fazer apresentações diante de um gru-
po de funcionários ou de
managers
, sempre
preferi “deixar a função” para outra pessoa a
quem os demais identifiquem como alguém
que é parte de sua equipe e de realidade, que
entende como funcionam. É muito mais fácil
aceitar a mensagem se esta vem de alguém
de “confiança”.
A etapa seguinte na estratégia é a de falar
diretamente com os funcionários. Evidente-
mente será quase impossível realizar entrevis-
tas individuais, motivo pelo qual se recomenda
utilizar o formato de
workshop
, para o qual ten-
taremos organizar grupos representativos de
8-10 pessoas no máximo – um grupo maior não
se pode controlar – sendo que se contarmos
com uma população muito grande será neces-
sário organizar vários grupos deste tipo.
Nesta etapa, a experiência e a visão da
consultoria de espaços corporativos se tornam
muito importantes. Um consultor de espaços
poderá “explorar” e “descobrir” junto com os
funcionários algumas das chaves para o futuro
êxito do novo espaço de trabalho. Desse modo,
é quando começamos o processo de “educa-
ção” e a definir os protocolos de utilização do
novo ambiente.
Se for possível, utilize este grupo ou grupos
para realizar consultas sobre algumas ideias de
design. Envolver os mesmos no processo de
design do novo escritório pode ser a solução
para ganhar sua aceitação.
C
omo conselho
poderia apontar
:
- Muito cuidado para não gerar expectati-
vas equivocadas. É muito normal mostrar
imagens de outros espaços ou ambientes de
trabalho para “inspirar” as pessoas para que
aceitem uma nova proposta… Devemos lem-
Passeie pelo escritório
algumas vezes ao dia (…)
conte o número de postos
de trabalho ocupados (…)
o resultado é, na maioria dos
casos, surpreendente