Page 62 - junho 2012

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Artigo – Galpões
62
INFRA
Outsourcing &Workplace
Condomínios logísticos:
o momento da região Sul
Entenda este mercado e por que empreendimentos
padrão A têm zero de vacância
O
último estudo da Colliers
International sobre condo-
mínios logísticos no Brasil,
divulgado em março, trou-
xe dados interessantes para entender
o mercado de infraestrutura logística
do país. O levantamento mostra que
Santa Catarina, Paraná e Rio Grande
do Sul terminaram o ano com 0% de
taxa de vacância em centros logísticos
padrão A, ante 5% do trimestre ante-
rior. Entre os meses de outubro e de-
zembro, foram ocupados os últimos 24
centração de condomínios logísticos.
Atualmente, os empreendimentos em
São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro
e Espírito Santo representam 83% do
inventário nacional. Dos 5,7 milhões de
metros quadrados listados pela Colliers
em seu estudo, 4,8 milhões estão nesses
quatro Estados. São 80 condomínios,
dos 94 existentes em todo o País. Por
maior que seja a importância desses lo-
cais para a economia nacional, há um
claro desequilíbrio que tende a diminuir
à medida que a própria economia do país
ganha diferentes contornos.
É cada vez maior o número de em-
presas sediadas no Sudeste que buscam
expandir suas operações para diferen-
tes regiões do país, à procura de novos
mercados consumidores. A conquista
desses novos clientes acarreta uma des-
centralização maior das operações logís-
ticas. Para ganhar agilidade e eficiência,
muitas companhias têm substituído o
modelo de distribuição por meio de ca-
minhões partindo de São Paulo por ope-
rações em diversos centros, próximos
aos seus públicos. Regiões metropolita-
nas como as de Porto Alegre e Curiti-
ba, por exemplo, têm atraído varejistas
e operadores logísticos de olho em um
mercado de milhões de pessoas. A con-
quista dessas fronteiras – na esteira do
aumento do consumo e da renda – é um
processo que ainda dá os primeiros pas-
sos e tende a ser um fermento para a
construção de novos condomínios espa-
lhados pelo território nacional.
No Sul, além desse movimento, há
um avanço da profissionalização das
empresas locais. À medida que elas
crescem – e, em alguns casos, passam
a concorrer com companhias que che-
gam agora à região –, encaram o in-
vestimento em infraestrutura logística
mil metros quadrados disponíveis para
locação nos três estados. Um desem-
penho semelhante só ocorreu na região
Norte, que, segundo dados do mesmo
relatório, também zerou a quantidade
de áreas desocupadas – que eram 11,8
mil m² até setembro. No Nordeste, a
vacância teve pequena alta, mas ficou
em 0,8%, ainda muito abaixo da média
nacional de 6%.
Esses números mostram que há bas-
tante espaço para investimentos fora do
Sudeste, hoje a principal área de con-
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