Page 11 - Revista Infra Outubro 2012

11
INFRA
Outsourcing &Workplace
ções, troca de experiência entre os co-
laboradores; reavaliação e readequação
dos processos, documentação, acesso a
esses arquivos e treinamento constante.
Alertam ainda que a valorização do
capital intelectual trouxe uma nova for-
ma de tratar os profissionais. O antigo
departamento de pessoal deu lugar ao
RH, que passou a denominar-se gestão
estratégica de pessoas com políticas e
práticas específicas para o desenvol-
vimento dos profissionais. Hoje se en-
tende por excelência operacional tudo
aquilo que envolve o conhecimento téc-
nico necessário para melhoria das ações,
do desenvolvimento das atividades e do
aprimoramento profissional para atingir
as metas individuais e empresariais.
Já existe a profissão do gestor do
conhecimento, aquele que tem como
função organizar todo conhecimento
gerado e compartilhado via redes de
colaboração. No Brasil, poucas empre-
sas se atentaram para o assunto, mas
a crise mundial e as novas tecnologias
interativas estão, cada vez mais, favo-
recendo modelos colaborativos, em par-
ceria ou em rede, por times formados
por profissionais de dentro e fora das
companhias. A colaboração, a intera-
ção e o empreendedorismo fazem par-
te do conceito “Open Innovation”, ou
inovação aberta que, por ser baseada
no processo colaborativo, pode reduzir
custos, riscos e possibilitar o comparti-
lhamento dos benefícios com a socieda-
de ou organizações empresariais.
Para os especialistas, esse novo pro-
fissional deve ser multidisciplinar. As
ferramentas para a execução do ciclo
do conhecimento são inúmeras, por isso
cada empresa adota suas próprias es-
tratégias para consolidar essa nova fun-
ção. A formação acadêmica deverá ser
diversificada dependendo do ramo de
atividade da empresa contratante, uma
vez que o conhecimento tem que estar
alinhado às diretrizes dos negócios.
As competências requeridas para a
nova profissão são: aprender a moderar
equipes multidisciplinares; ser capaz de
administrar e liderar junto à alta direção,
entender tudo que acontece além do seu
redor; ter convívio direto e pessoal nos
pontos quentes, nos quais o conheci-
mento está acontecendo; ter facilidade
de acesso à geração Y; conhecer os pro-
cessos reais, saber como e porque esses
evoluem; e, principalmente, ter uma vi-
são sistêmica do negócio. Este executivo
do conhecimento terá como missão cap-
turar, organizar e reter o conhecimento
acumulado pelos indivíduos que fazem
parte da organização, além de ser um
facilitador da prática de aprender, identi-
ficando, promovendo, dando suporte às
redes, sugerindo melhorias no processo.
É o que fala, inclusive, o livro “O
Verdadeiro Poder”, do professor Vi-
cente Falconi, já citado nesta coluna.
Segundo ele, toda organização deve
zelar pela atualização do conhecimen-
to técnico em nível global. “A busca do
melhor conhecimento técnico em todo
mundo deve ser uma prática contínua
para que se possa ter a garantia de que
estamos em nível mundial o tempo
todo, pois é neste patamar que se com-
pete nos dias de hoje”. Falconi acres-
centa ainda que é importante trabalhar
em busca da verdade, uma vez que a
tomada de decisões com base em “opi-
niões” torna-se muito cara e, algumas
vezes, desastrosa.
Cervelli
11 4186-9600
Sua divisória, seu jeito!