Mercado Imobiliário
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D
e 19 a 21 de setembro, foi
realizada em São Paulo a 12ª
Conferência Internacional
da LARES (sigla em inglês
que significa Sociedade Latino-americana
de Real Estate). Conforme destacou seu
presidente, o Prof. Dr. Claudio Tavares de
Alencar, o objetivo do encontro foi “bus-
car um maior entrosamento entre a pes-
quisa acadêmica e os principais atores do
real estate brasileiro e latino americano”.
Para isso, a conferência debateu
questões atuais e de relevância para o
setor, tais como a evolução do crédito
imobiliário, as expectativas de desem-
penho das empresas deste nicho para
os próximos anos, o comportamento de
preços nos principais mercados e as ope-
rações urbanas em curso e planejadas.
Uma delas ganhou vozes em dois
momentos distintos: primeiro na ses-
são plenária sobre as Perspectivas
para as Operações Urbanas no Brasil,
em que participou o Secretário Ad-
junto de Desenvolvimento Urbano de
São Paulo, Domingos Pires de Oliveira
Dias Neto, e num segundo momento,
com a apresentação do trabalho da
acadêmica Ângela dos Santos Silva,
que esmiuçou a ação da Operação
Urbana Água Branca e sua influência
para toda a região que abraça.
AOperação Urbana Água Branca foi
criada pela prefeitura, com participação
da iniciativa privada, para melhorar as
condições urbanísticas da Barra Funda
em 1995. Esta região, localizada na zona
oeste da cidade, teve uma ocupação às
margens das ferrovias Santos-Jundiaí e
Sorocabana em função da industrializa-
ção no final do século XIX.
Com o passar do tempo, esse polo
industrial foi perdendo importância,
principalmente a partir da década de
1960.
Esse processo resultou em glebas
e galpões desocupados e no surgimento,
desta maneira, de um bairro da cidade
limitado por duas barreiras físicas – a
ferrovia e o Rio Tietê.
Justamente para melhorar estes as-
pectos, foi criada a Operação no local.
“
O projeto visou potencializar o uso do
solo, devido à facilidade de acesso ao
centro expandido, por meio de trans-
porte público e pela proximidade das
Rodovias dos Bandeirantes, Anhangue-
ra e Castelo Branco; propiciar a ocupa-
ção ordenada das glebas vazias e dos
terrenos subutilizados; realizar obras
para ampliar o sistema viário local; e so-
lucionar os problemas de drenagem da
região”, explica Ângela em seu trabalho.
A pesquisadora acompanhou todo
o processo de revitalização até julho de
2012.
Ela analisou o mercado imobiliário
na região, considerando as diversas vias,
inseridas no perímetro da operação, que
possuíam terrenos com potencial para
Vida nova para a
região da Barra Funda
Operação Urbana Água Branca
promete revitalizar área de 540 hectares
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