Page 27 - Revista Infra Novembro 2012

incorporação na época de cada proces-
so de participação na Operação. A con-
clusão foi que os terrenos vazios estão
escassos devido a um real aquecimento
do mercado imobiliário do local, inclusive
com valorização de algumas áreas, que
foi fruto da implantação de melhoramen-
tos por parte do poder público.
Diagnosticou-se que, ao contrário do
que se esperava, a adesão de empreen-
dimentos residenciais para participar na
operação urbana foi maior do que se es-
perava. Acreditava-se, na ocasião, na ins-
tituição da Lei da Operação Urbana Água
Branca, e que as adesões de propostas
de empreendimentos comerciais seriam
muito mais expressivas, considerando-se
a infraestrutura viária da região. O cresci-
mento do mercado imobiliário e a escassez
de terrenos em áreas tradicionais fizeram
com que os empreendedores da área re-
sidencial buscassem espaços alternativos.
A região da Barra Funda, atualmente, é
bem vista pelos empreendedores, que a
consideram em franco crescimento, como
também alternativa, visto que as tradicio-
nais, como a Faria Lima, Itaim Bibi e Ber-
rini, estão saturadas”, comenta.
No plano urbanístico, o projeto pre-
vê quatro princípios:
Melhorar as condições de mobilidade para
veículos e pedestres no interior da área;
Reurbanizar a orla da ferrovia engloban-
do áreas para concessão urbanística e
viabilizar a implantação de Habitação
de Interesse Social (HIS) e Habitação
de Mercado Popular (HMP); e
Implantar um sistema de áreas ver-
des associado ao sistema de drena-
gem, e, por fim, recuperar referenciais
paisagísticos.
A proposta, segundo o Secretário
Adjunto, Domingos Pires de Oliveira
Dias Neto, é do conceito de uma cida-
de compacta. Ou seja: tornar factível o
uso misto num mesmo local: residências,
serviços, comércio, lazer, cultura, educa-
ção, trabalho. Um dos diferenciais serão
os edifícios comerciais com térreo, prin-
cipalmente para lojas. Além de residen-
ciais de até 50 m
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e apenas uma vaga de
garagem – tudo para incentivar o trans-
porte público na região e minimizar os
impactos com alto tráfego de veículos.
Estamos prevendo praças, boulevard e
um eixo comercial que será conectado
por estações de metrô, percursos segu-
ros, ciclovias, espaços públicos de per-
manência”, adiantou o Secretário.
Perspectiva artística da Operação Urbana Água Branca