Página 6 - Revista Infra Janeiro 2013

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INFRA
Outsourcing &Workplace
PENSANDO COM LÉA LOBO
A surpresa enfim chegou,
e que experiência!
E
stamos no fechamento desta
edição especial, muito próxi-
mos das Festas de Final de
Ano. E você sabe que é nes-
ta época que muitas famílias marcam a
data com o hábito de saborear um peru,
ave tradicional desde o período colonial.
Além de fazer parte da mesa do brasi-
leiro no Natal e Ano Novo, esta igua-
ria me lembra uma história que resolvi
compartilhar com você.
Para evitar constrangimentos, vou tra-
tar o personagem principal como empre-
sa “X”. Acompanhe comigo: o diretor
da referida companhia reúne toda a sua
equipe para decidir qual será o presente
de final de ano para os funcionários.
Após horas e horas de palpites e discus-
são, eis que na ponta da mesa um esta-
giário lança a ideia: PERU. De pronto, o
diretor pergunta quem se manifestou e
o estagiário timidamente se apresenta.
Como quase ninguém o conhece, o dire-
tor diz em alto e bom som: GRANDE
IDEIA! E, é claro, a aceitação é unânime.
Fica então decidido: daremos a todos
um PERU de Natal e deverá ser surpre-
sa. Sendo assim, o menor número de pes-
soas deverá saber qual será o presente”.
Chega então o fatídico dia, 20 de de-
zembro, data em que a empresa também
vai entrar em férias coletivas. O que o
diretor da empresa “X” faz? Chama o
Facility e conta a “sua grande sacada”.
“–
Sr. Facility, hoje à tarde você vai re-
ceber uma carga muito especial com
o presente de todos os funcionários.
Fique sabendo que este ano não eco-
nomizamos. Vamos dar a cada colabo-
rador uma cesta natalina com PERU”.
O Facility pergunta: “– PERU? Aquele
congelado? Mas como iremos armaze-
nar? Como os funcionários levarão para
casa? E aqueles que já estão de férias?”,
questiona o gestor.
De pronto, o diretor o interrompe com
certa indignação: “– É sempre assim,
trabalho muito para ter uma grande
ideia e conseguir a verba, e agora você
vem com detalhes... Isso é problema
seu! E aproveitando, hoje vou sair e não
volto mais, tenho muitos compromis-
sos. Agora você só me vê na festa de
confraternização”, encerra o diretor.
Como não poderia deixar de ser, o Faci-
lity sai da sala com a cabeça a mil. Mal
tem tempo para raciocinar quando che-
ga um caminhão na porta da empresa
com mil embalagens refrigeradas, de
uns 10 quilos cada uma. Ou seja: um
volume enorme que precisa continuar
refrigerado, uma vez que estamos fa-
lando de alimentos perecíveis... E para
quem sobrou resolver a situação?
Diante daquela “efetiva surpresa”, a úni-
ca coisa que ele consegue ouvir são os
batimentos do seu coração, que descon-
troladamente palpitou. Respirou fundo
Emídio Gonzaga
Léa Lobo
Diretora de Redação