Página 68 - Revista Infra Abril 2013

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INFRA
Outsourcing & Workplace
las operadoras de modo geral versus as
tarifas apresentadas pelas agências de
viagens corporativas.
Como geralmente os gastos com
viagens são uma das principais despe-
sas nas empresas, se não houver acom-
panhamento e planejamento constan-
te, o orçamento fica inviável”, lembra o
gestor. O Grupo Ibope emitiu 2.326 bi-
lhetes aéreos para destinos nacionais e
255
bilhetes para viagens fora do Brasil
em 2012. Já o item “hotel” representa
6%
dos gastos que o Grupo tem em via-
gens corporativas.
Outro ponto que merece atenção
é a influência que a atividade exerce
com relação à emissão de carbono na
atmosfera. “Viagens corporativas é o
maior filão nas organizações; em breve
elas serão obrigadas a compensar estas
emissões”, ressalta Carlos.
EFICIÊNCIA E SATISFAÇÃO
Trabalhar com um sistema integra-
do de gestão de informações é uma
realidade cada vez mais presente no
dia a dia desses executivos. “Falar a
mesma linguagem do início ao fim do
processo e gerenciar toda a viagem em
um ambiente só é muito melhor”, con-
fidencia Maura Creazzo, gestora de Via-
gens e Eventos da Daimler Chrysler em
palestra no LACTE.
A empresa, que optou por ter uma
agência própria em seu domínio, es-
colheu o
self booking
para trabalhar,
e hoje consegue economizar nas ne-
gociações – mas não ganha dinheiro
com isso, garante ela. As vantagens
ficam por conta de processos mais
ágeis na prestação de contas. “As pi-
lhas de notas que tínhamos para ge-
renciar foram substituídas pelo cartão
corporativo com pagamento em um
mês”. Já Carlos Gomes, que trabalha
com a ferramenta CTM, consegue emi-
tir vários relatórios gerenciais, além
de ter um controle de milhas aéreas e
o
account review
.
TECNOLOGIA A SERVIÇO DA GESTÃO
Se há um novo perfil de usuário
para atender, qual deverá ser o olhar
dos gestores e fornecedores desta ca-
deia? Apresentada por Maura Allen, di-
retora da empresa global de soluções
para viagens Radius, uma pesquisa
recente com 282 gestores de 33 paí-
ses incluindo a América Latina mos-
tra que são grandes as perspectivas
de crescimento do setor. Nem mesmo
as videoconferências extremamente
eficientes serão capazes de reduzir os
índices que este setor vem indican-
do. As tecnologias serão, no máximo,
complementares.
Também não mudará muito o vo-
lume de recursos humanos, apesar do
crescimento. O que significa que os
gestores continuarão com o desafio de
fazer mais e melhor com menos. “Por
isso a necessidade cada vez maior da
automatização”, destaca a executiva. As
parcerias com o departamento de TI e
aparatos móveis deverão estar na lista
de prioridades dos gestores de viagens.
Quanto às soluções, quase 70%
dos pesquisados apontaram para o
end-to-end
,
seguido da consolidação
dos dados. Segundo Eduardo Murad
Jr., líder de Compras de Viagens da IBM,
que dividiu o palco com Maura, “o
sa-
ving
em viagens não vem de apertar o
fornecedor, depende muito mais da
fonte de informação e dos recursos e
ferramentas tecnológicas”.
Como já citamos anteriormente, a
tendência é que o viajante de negócios
tenha cada vez mais independência. Se
isso é verdade, como conseguir que este
cliente” trabalhe a favor do gestor e das
políticas da empresa? A sugestão lan-
çada por Maura, e que poderia ser bem
recebida pela geração Y, é um programa
de fidelização diferente. Com o uso de
jogos ou rankings/premiações, bonificar
o usuário com o melhor comportamen-
to. “Quanto mais ele cumprir as políti-
cas, mais ele ganha”. Fica a dica!
Nem mesmo as
videoconferências
extremamente
eficientes serão
capazes de reduzir
os índices (...).
As tecnologias
serão, no máximo,
complementares