Revista Infra outubro 2013 - page 54

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INFRA
Outsourcing & Workplace
O mercado imobiliário
e as megacidades
 13
ª Conferência
Internacional da Lares
apresenta estudos sobre
mapeamento dos terrenos
mais caros de São Paulo,
gargalos em projetos de
revitalização urbana,
entre outros temas
Evento – Lares | 
por Érica Marcondes
D
e 11 a 13 de setembro, São Paulo
sediou a 13ª Conferência Interna-
cional da Sociedade Latino-Americana
de Estudos Imobiliários (LARES, na si-
gla em inglês de
Latin American Real
Estate Society
).
O evento reúne anual-
mente profissionais, pesquisadores e
analistas do cenário de real estate, e
trouxe como tema central desta edição
as megacidades.
Para o presidente da entidade, o
engenheiro e professor doutor da Es-
cola Politécnica da USP, Claudio Tava-
res de Alencar, o objetivo é fazer com
que os atores do mercado imobiliário
possam entender e enxergar melhores
oportunidades de negócios nos gran-
des centros, em áreas urbanizadas ou
não. “Está cada vez mais claro que o
real estate e a questão urbana estão
muito intrincados. Você tem cada vez
mais o setor público influenciando nas
decisões de real estate, principalmente
pelo aumento de operações urbanas
que envolvem PPPs. E São Paulo é uma
megacidade, que está passando pela
revisão do plano diretor”, explica ele,
que aposta em uma estabilidade dos
preços dos imóveis, até mesmo porque
existem muitos projetos novos no mer-
cado (principalmente em se falando de
corporativo em São Paulo e Rio de Ja-
neiro), onde a economia não tem cres-
cido o suficiente para absorver esses
novos espaços.
Para Marc A. Weiss, CEO da Global
Urban Development, que participou
de uma das plenárias, o avanço do
mercado imobiliário depende da forte
parceria entre o governo e a inovação
privada para prover uma infraestrutura
urbana de qualidade, o que implica em
serviços, transporte, segurança. “Real
estate tem tudo a ver com localização
e o relacionamento entre os agentes da
cadeia”, enfatizou Weiss, que leciona
três cursos na Universidade de Cam-
bridge, nos Estados Unidos.
Na palestra anterior, os participan-
tes tiveram acesso à visão de Johnny
Dunford sobre a inconsistência na me-
dição de propriedades. Ele é Diretor
Comercial Global da Royal Institution
of Chartered Surveyors (RICS) e contou
sobre o trabalho que está sendo feito
por 20 organizações ao redor do mundo
para estabelecer um sistema padrão de
medição das propriedades. Ainda sem
representação, o Brasil deve ter o Seco-
vi-SP como possível agente nessa ação,
uma vez que as conversas entre a RICS
e o Sindicato já se iniciaram. Segundo
Dunford, muito possivelmente os espa-
ços de escritórios serão o primeiro ni-
cho a ganhar a unificação de medidas e
o sistema adotado pela União Europeia
tem mais chances de ser adotado pelo
restante do mundo. “Trata-se do pri-
meiro passo para tornar a globalização
ainda mais real neste segmento”, con-
forme resumiu o Prof. Dr. João Meyer,
da Faculdade de Arquitetura e Urbanis-
mo FAUUSP, moderador deste painel.
Confira a seguir um resumo de al-
guns estudos apresentados durante a
Conferência:
Os terrenos mais
caros da Pauliceia
Um estudo feito por pesquisadores
da Poli-USP e da FAU-USP conseguiu
mapear, com detalhes, as áreas da ci-
dade de São Paulo mais caras e relacio-
nar seu preço à existência de uma boa
infraestrutura de transporte.
Prof. Dr. Claudio Tavares de
Alencar: real estate e questão
urbana cada vez mais intrincados
Divulgação
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