Table of Contents Table of Contents
Previous Page  36 / 100 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 36 / 100 Next Page
Page Background

36 INFRA

Outsourcing & Workplace

A HORA DA FACHADA

 A diversidade de

materiais e tecnologias em

revestimento ampliou as

possibilidades de retrofit

da parte externa das

edificações. Conhecê-los e

cercar-se de profissionais

com conhecimento técnico

facilita a escolha

RETROFIT DE FACHADAS | 

por Vânia Lobo

A

umento da vida útil, identidade,

beleza e eficiência energética.

Quando se trata de transformar um

edifício, estes são alguns dos benefí-

cios mais procurados em um retrofit

de fachada. E, não sendo uma obra em

construção histórica, onde a lei deter-

mina a preservação das características

originais, a atribuição de modernidade

e a valorização do imóvel, por conse-

quência, são outros fatores que levam

à necessidade de dar uma “cara nova”

ao empreendimento.

O retrofit de fachada precisa estar

em conformidade com as normas da

prefeitura da cidade e pode ser desde a

uma alteração extrema, como a coloca-

ção de estruturas metálicas ou a troca

de vidros e janelas, a intervenções mais

simples, como a uma pintura nova ou

aplicação de pastilhas, por exemplo.

Especialistas aconselham encomen-

dar um projeto de retrofit ou de renova-

ção, exterior a cada 20 anos, um tempo

médio estimado para a durabilidade

dos materiais que, a partir disso, podem

começar a apresentar sinais de desgas-

tes naturais. Evidentemente que este

tempo pode variar para mais ou menos

conforme a manutenção preventiva da

edificação (que deve ser periódica), e da

qualidade dos materiais usados no re-

vestimento. A grande competitividade

do mercado também gera no empreen-

dedor a necessidade de estar up to date

com as tendências arquitetônicas e as-

sim manter o patrimônio valorizado.

Por onde começar? O projeto, sem

dúvida, é o ponto de partida, seguido

da escolha do revestimento da nova

fachada. Atualmente, existe uma série

de materiais no mercado para atender

tendências variadas e sanar todo tipo

de deficiência.

Em projetos comerciais de grande

porte, hoje, por exemplo, há boa ade-

são por vidro de alto desempenho em

eficiência energética, em atenuação

acústica e segurança. Design diferen-

ciado também tem demanda: “Faz

essa opção, geralmente, quem busca

o conforto com máxima economia tér-

mica e transparência luminosa”, en-

fatiza o Engenheiro Nelson Firmino,

Diretor do Grupo Aluparts. Segundo

ele, especialmente no quesito susten-

tabilidade, destaca-se a evolução dos

vidros de controle solar. As fachadas

ventiladas despontam como nova ten-

dência, já que favorecem a circulação

do ar quente ao mesmo tempo em que

retêm os ruídos. Materiais como alumí-

nio, vidros, ACM , zinco, entre outros,

oferecem inúmeras possibilidades no

retrofit. O Engenheiro ressalta também

a importância de seguir os cuidados

técnicos quando se coloca em contato

diferentes materiais em uma obra.

MUITAS SOLUÇÕES

Por sua vez, a Arquiteta Claudia Mit-

ne, Diretora de Marketing e Produto da

GlassecViracon, observa que o projeto

de retrofit tem de ser desenvolvido por

uma equipe de arquitetura e deve con-

templar as razões da renovação, enten-

der as prioridades e as restrições de im-

plantação, como a questão estrutural

do edifício e sua localização (no centro

do Rio de Janeiro, há restrições para vi-

dros muito espelhados, por exemplo);

a mudança de uso; entre outros aspec-

tos muito importantes que, se não bem

analisados nesta fase, podem gerar

problemas sérios no futuro.

Retrofit da fachada do

Edifício Boa Vista no Rio de

Janeiro - GlassecViracon

Claudia Mitne