4 INFRA
Outsourcing & Workplace
ENTRE NÓS
A MAIOR FLOR DO MUNDO
Cito este trecho da fábula para ilus-
trar dois de meus pensamentos: o pri-
meiro é que qualquer ação em prol da
vida precisa ser colocada em prática,
por mais simples que seja! E esta edi-
ção traz 40 cases, que mostram que
com pequenas grandes ações, vários
gestores fazem muito em prol da saú-
de financeira das empresas e do meio
ambiente. O segundo é que, por pior
que o nosso País esteja, está em nos-
sas mãos fazer o que for possível para
manter nossos sonhos e nosso tra-
balho. Se regarmos uma flor murcha,
ela poderá crescer tanto e se tornar “A
maior flor do mundo”, que certamente
nos cobrirá e nos protegerá de tantos
danos causados pela falta de ética e
transparência daqueles que tem alta
taxa ganância pelo lucro e pelo poder
e que envergonham os cidadãos sé-
rios e de boa fé.
Com esta edição de número 182
(16 anos), encerramos mais um ciclo.
Felizes por ter cumprido a missão que
nos desafiaram desde 1999 até os dias
de hoje e esperançosos para que 2016
seja um ano em que este mundo, que
está em constante transformação,
destaque não apenas as mazelas de
homens incautos, mas evidenciem so-
bretudo àqueles que possuem princí-
pios de transparência, equidade, pres-
tação de contas e responsabilidade.
E é essa evidência que pauta os 40+
Sustentáveis. Espero assim começar o
17º ano da Talen Editora, mesmo por-
que estou muito feliz, pois quando vi-
rar o ano (30/12), completarei 50 anos,
meio século, uma dádiva!
Que em todos os dias de nossas
vidas, saibamos agradecer o novo dia
que nos é presenteado. Que em 2016,
o Deus de cada um de nós continue a
nos proteger!
Feliz Ano Novo!
Léa Lobo
Meu desejo para este último editorial de 2015, é o de colocar todos os meus
pensamentos sobre o valor que este número tem para nós da editoria. Mas, como
fazê-lo? Como gosto de fábulas infantis, lembrei-me de José Saramago, que três
anos após receber o Prémio Nobel da Literatura, publicou o conto “A maior flor do
mundo”, ilustrado por João Caetano, que narra a aventura ecológica e altruísta de
um jovem herói que não mediu esforços para salvar uma flor que estava a morrer.
Acompanhe um trecho:
“Ó que feliz ia o menino! Andou,
andou, foram rareando as árvores,
e agora havia uma charneca rasa,
de mato ralo e seco, e no meio dela
uma inclinada colina redonda como
uma tigela voltada. Deu-se o meni-
no ao trabalho de subir a encosta,
e quando chegou lá acima, que viu
ele? Nem a sorte nem a morte, nem as
tábuas do destino… Era só uma flor.
Mas tão caída, tão murcha, que
o menino se achegou, de cansado. E
como este menino era especial de his-
tória, achou que tinha de salvar a flor.
Mas que é da água? Ali, no alto, nem
pinga. Cá por baixo, só no rio, e esse
que longe estava!…
Não importa.
Desce o menino a montanha, atravessa o mundo todo, chega ao grande rio, com
as mãos recolhe quanta de água lá cabia, volta o mundo atravessar, pelo monte se
arrasta, três gotas que lá chegaram, bebeu-as a flor com sede. Vinte vezes cá e lá…
Mas a flor aprumada já dava cheiro no ar, e como se fosse uma grande árvore
deitava sombra no chão. O menino adormeceu debaixo da flor.”
Léa Lobo, Diretora
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